quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

28- ANTÔNIO GARCIA FILHO


ANTÔNIO GARCIA FILHO
?gws_rd=ssl#q=antonio+garcia+filho

Antônio Garcia Filho, médico, professor universitário, poeta, compositor, literato, agente cultural e escritor, nasceu em 29 de maio de 1916, em Rosário do Catete, sendo seus pais o farmacêutico Antônio Garcia Sobrinho e Antônia Menezes Garcia.
Aprendeu as primeiras letras em sua cidade natal, onde foi aluno das professoras Rosa Garcia e Laudelina Fraga. Em Aracaju, estudou no Grupo Escolar Barão de Maroim, no Atheneu Sergipense e no Colégio Tobias Barreto, dirigido pelo educador José de Alencar Cardoso. No Atheneu Sergipense, foi aluno de Costa Filho, Santos Melo, Artur Fortes, Abdias Bezerra, Franco Freire, José Augusto da Rocha Lima e outros mestres de igual porte.
Concluídos os preparatórios, ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, pela qual foi diplomado em 1941. Durante o curso médico, participou dos movimentos estudantis, sendo eleito presidente do Diretório Acadêmico.
Iniciou suas atividades de médico clínico em Laranjeiras, transferindo-se depois para Aracaju, onde dirigiu o Hospital Santa Isabel e, a convite do Dr. Augusto Leite,  fez parte do corpo clínico do Hospital de Cirurgia. Estudioso, procurou elevar-se cada vez mais, publicando trabalhos científicos, dos quais destaca-se o intitulado “Conduta Pré-anestésica na Criança”.
Em 1945, iniciou o jornalismo. Filiou-se à Associação Sergipana de Imprensa, colaborou em quatro jornais sendo diretor de dois: o “Correio de Aracaju” e a Gazeta Socialista”.
Em  1950, publicou  “Um Pensamento na Praça” e  ingressou na Academia Sergipana de Letras, onde fundou o “Movimento de Apoio Cultural”.
A partir de 1959, freqüentou com mais assiduidade  congressos médicos internacionais, e manteve contato com colegas estrangeiros, tais como Max Sadowe, Siney Orth, Paulo Bittencourt e Cecil Gray, Data desta época seu interesse pela reabilitação física e coordenação motora.
Em 1962, idealizou, fundou e presidiu por mais de um decênio, o ‘Centro de Reabilitação Física Ninota Garcia’, o primeiro de Sergipe, e um dos três então existentes no Brasil. Em 1966, lançou “A Reabilitação em Sergipe”, no qual expôs as razões de criação, os propósitos e o funcionamento do referido Centro.
No início da década de 1960, fundou, com Benjamin Carvalho e outros colegas, a Faculdade de Medicina de Sergipe, da qual foi o primeiro diretor, assim permanecendo de 1961 e 1969.
A idéia de criação de uma Faculdade de Medicina em Sergipe data de 1951, quando Benjamin Carvalho e João Batista Perez Garcia Moreno criaram a Sociedade Civil Faculdade de Medicina de Sergipe cujo primeiro presidente foi o Dr. Augusto Leite. O projeto somente se tornou realidade em 1959, quando Benjamin Carvalho, Lourival Bomfim, Walter Cardoso e Lauro Porto contaram com o apoio do Governador Luiz Garcia e de seu irmão, Antônio Garcia Filho, Secretário Estadual de Educação, Cultura e Saúde.   
Para o exercício da cátedra, Antônio Garcia fez um curso de preparação na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, e nos Estados Unidos. Instalada a Faculdade, Antônio Garcia Filho assumiu a cadeira de  Bioquímica e Anestesiologia. Além de ensinar  na Faculdade de Medicina, lecionou Nutrição , na Faculdade Católica de Serviço Social. Na Universidade Federal de Sergipe foi o primeiro Pró-Reitor de Assuntos Comunitários e de Extensão, oportunidade em que criou o “Festival de Artes de São Cristóvão”, considerado um dos eventos mais prestigiados pela intelectualidade sergipana. Graças ao seu desempenho, a Universidade lhe outorgou o título de Professor Emérito.
Dentre os vários cargos que exerceu, destacamos os de Presidente do Centro de Estudos do Hospital de Cirurgia, Orador Oficial do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, Presidente da Academia Sergipana de Letras, Secretário Estadual de Educação, Cultura e Saúde, Presidente da Associação de Medicina de Sergipe, presidente do Conselho Estadual de Cultura e da Alliance Française..
Como incentivador de cultura, além de criar o “Festival de Artes  São Cristóvão”, concebeu e implantou o “Encontro Cultural de Larajeiras”,  iniciativa louvável de seu espírito criador.
Como militante político, foi vereador em Aracaju e Presidente da Câmara Municipal, onde adotou um programa de combate ao capitalismo e exploração do homem pelo homem.
Como intelectual, além de escritor, contista e teatrólogo, foi poeta e compositor. São de sua autoria,  o “Hino da Cidade de Rosário do Catete”, o “Hino do 28º Batalhão de Caçadores” e a  canção “Aracaju, uma estrela”, vencedora do concurso público promovido pela Prefeitura da capital.
Pranteado por seus colegas, ex-alunos, amigos e admiradores, Antônio Garcia Filho faleceu em Aracaju, no dia 22 de junho de 1999, deixando o imenso legado do seu talento, de sua cultura, de seu caráter e de seu coração cheio de amor e  bondade.
O campus avançado da Universidade Federal de Sergipe, localizado em Lagarto, a 60 quilômetros de Aracaju, tem o seu nome. O mesmo acontece com um Colégio Estadual situado em Ubaúba e uma rua em Mosqueiro, próximo da capital,.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ocais como O Nordeste, Correio da Manhã e no jornal da Diocese de Aracaju A Cruzada, tornando-se, por isso, membro da Associação Sergipana de Imprensa. Ajudou a fundar a Sociedade de Cultura Franco-Brasileira, de Sergipe, foi eleito o orador oficial do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe e ainda Presidente de Honra do Clube de Imprensa, Rádio, Letras e Artes Plásticas de Sergipe. (CONDE GARCIA, 2008).
Foi membro da Academia Sergipana de Letras, onde ocupou a cadeira nº 1. Com objetivo de reunir obras literárias em torno da Academia de Letras fundou, nesse mesmo período, o MAC – Movimento de Apoio Cultural. Entre estas obras encontram-se, sob sua autoria, “Um Pensamento na Praça”, de 1950, e “A Reabilitação em Sergipe”, de 1966. Nesta última obra ele enfoca a criação, os propósitos e o funcionamento do CRNG, uma Instituição voltada para uma proposta educacional de indivíduos deficientes e para os ditos “normais” além da preparação destes para o mercado de trabalho. (BARRETO, 2007)
Fundou, com outros colegas, a Faculdade de Medicina de Sergipe, em 1961, sendo seu primeiro Diretor por oito anos consecutivos. Lecionou a disciplina de Bioquímica e foi o primeiro professor de Anestesiologia. Ainda atuou como professor de nutrição da Faculdade Católica de Serviço Social. Quando a Universidade Federal de Sergipe foi criada ele foi nomeado seu primeiro Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, quando aproveitou a oportunidade para fundar o Festival de Artes de São Cristóvão. Por suas ações, recebeu da Universidade Federal de Sergipe o honroso Título de Professor Emérito. Em 1962, idealizou, fundou e presidiu, por mais de 10 anos, o primeiro Centro de Reabilitação Física de Sergipe, à época o terceiro do Brasil, ao qual chamou de CRNG. (SANTANA et al., 2009).
Seguindo uma linha de intelectual múltiplo, Antonio Garcia Filho, quando presidente do Conselho Estadual de Cultura, junto com outros intelectuais, criou o Encontro Cultural de Laranjeiras. Além de poeta foi também compositor de músicas. É o autor da letra do Hino do 28º Batalhão de Caçadores e do Hino da cidade de Rosário do Catete e é dele também a letra e a música de “Aracaju, uma estrela”, vencedora do concurso público “Uma canção para Aracaju”, promovido pela Prefeitura Municipal de Aracaju na administração do prefeito Cleovansóstenes Pereira de Aguiar
 
 
 
 
.