domingo, 13 de fevereiro de 2011

243- LEÔNCIO PINTO

243- LEÔNCIO PINTO

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Nasceu em 1891, na cidade de  Santo Amaro da Purificação.
Colou o grau de doutor em Medicina, em 10 de abril de 1912, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Em 1911, ainda estudante, matriculou-se no curso de Microbiologia do Instituto Manguinhos, ministrado pelo seu Diretor, Oswaldo Cruz.
Em 1913, seguiu para a Europa onde, durante um ano, estagiou no Instituto Pasteur de Paris, sob a orientação do Prof. Pierre Manson.
Regressando ao Brasil, prestou,  em 1914, concurso para Livre Docência na Faculdade de Medicina da Bahia e se dedicou em tempo integral ao estudo de Microbiologia e Anatomia Patológica.
Em discurso pronunciado na Academia de Medicina da Bahia, disse o Prof. José Silveira: “Podemos apenas imaginar as imensas contradições em que deve ter vivido o jovem professor na nossa Faculdade. Orientado desde o início para o estudo continuado, para os trabalhos no laboratório, tendo percebido as imensas possibilidades da pesquisa científica, o Prof. Leôncio Pinto deve ter experimentado consciente ou subconscientemente todos os percalços do nosso subdesenvolvimento científico e cultural. A sua persistência  ou obstinação para continuar mesma linha da sua vocação, enfrentando um ambiente indiferente ou talvez mesmo hostil, com falta de pessoal qualificado, sem equipamentos, sem intercâmbio a que estava acostumado e submetido a um senso de valores diferentes daqueles em que havia se condicionado, deve tê-lo impelido ao trabalho solitário, à postura do sábio incompreendido” ( 2 ).
Sob tais condições, realizou brilhante carreira universitária: Professor substituto, por concurso, da 6ª Seção (1915-1917);  Professor substituto da 5ª Seção (1917-1925); Regente da cadeira de Histologia e Microbiologia do curso de Odontologia (1917-1925); Professor interino de Microbiologia (1920), Anatomia Médico-Cirúrgica (1920), Anatomia e Histologia Patológicas (1923), Histologia (1924) e Professor catedrático de Histologia (transferido, em 1925, para a cátedra de Anatomia Patológica).
Posteriormente, passou a Professor catedrático de Anatomia e Fisiologia Patológicas, assim permanecendo até 1945.
Foi, de igual modo, professor honorário da Faculdade de Medicina de Recife.
Escreveu, e infelizmente não publicou, alentado trabalho sobre esquistossomíase mansônica, parasitose que estudou durante grande parte de sua vida.
“Além de grande conhecedor da sua cadeira, na qual realizou trabalhos que tanto honram a escola de Anatomia Patológica  da Bahia, o Dr. Leôncio Pinto foi um dedicado cultor da Química, tendo organizado um laboratório importante, quer pelas suas instalações, quer pela excelência das especialidades farmacêuticas produzidas, alcançando algumas o melhor conceito, dentro e fora do país. No campo da Tisiologia, revelou, também, sua rara inteligência e dedicado espírito de homem empreendedor, construindo e pondo em funcionamento o Sanatório de Carnaíba, para tratamento da tuberculose”, afirmou Sá Oliveira (1).
De acordo Sá Oliveira, Leôncio Pinto foi um “orador vibrante e mestre, em verdade dos mais competentes que teve a Faculdade” (Ibidem).
Faleceu em 1945.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1.       Sá Oliveira, Eduardo de – Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia, concernente ao ano de 1942. Salvador, 1992.
2.       Silveira, José – Zilton Andrade. Anais da Academia de Medicina da Bahia, Volume 1, abril. Salvador, 1978.



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