CAMÕES
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Helvécio Ferreira de Andrade nasceu no Sítio “Chapada” do Engenho Boa Sorte, município de Capela, no ia 6 de maio de 1864, sendo seus pais José Ferreira de Figueiredo e Tereza de Jesus Andrade.
Cursou os preparatórios nos Colégios Santo Antônio e Pedro II, na capital baiana, nos anos de 1876 a 1880.
Matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia em 1881 e foi por ela diplomado em medicina e farmácia, no ano de 1886.
Estudante, foi habilitado, por concurso, para interno da cadeira de Clínica Médica, pelo que teve a oportunidade de estagiar com os professores Raimundo Monteiro e Almeida Couto.
Formado, estabeleceu-se em Propriá e depois em Santos (São Paulo), de 1890 a 1900.
Em Santos, foi médico dos hospitais da Santa Casa de Misericórdia e da Beneficência Portuguesa, além de inspetor sanitário e delegado de ensino.
Em 1900, regressou para Maruim, e logo depois para Aracaju, onde foi delegado federal junto ao Atheneu Sergipense, lente de Ciências Físicas e Naturais da Escola Normal, diretor da Escola Normal e da Instrução Pública.
Nos anos 20 aconteceu o rumoroso caso que o envolveu e o médico Augusto Leite. Lùcio do Prado assim relata o ocorrido: “Procurado pelo comerciante Estevam Pereira Coelho para cuidar de seu filho Ewerton Coelho, Helvécio recomenda a suspensão imediata do mercúrio que lhe vinha sendo administrado para tratamento da sífilis, ao constatar que o mesmo possui inflamação renal. Mesmo assim, o jovem Ewerton morre e a família, desconsolada, atribui a morte ao uso do medicamento. Acontece que o médico que prescreveu o tratamento fora o Dr. Augusto Leite. Este volta-se contra Helvécio e a família, traumatizada, acirra os ânimos. Manda escrever no túmulo do garoto um trecho de versos de Camões: “Mas abiaxo o veneno vem coberto, segundo foi o engano descoberto, oh! Caso grande, estranho e não cuidado”. A questão termina nos tribunais sob intensa repercussão popular” (4 ).
Colaborou em vários jornais de Santos, tais como “Diário da Manhã” e “Jornal do Povo”. Em Aracaju colaborou no “Estado de Sergipe”, “Correio de Aracaju”, “Jornal de Sergipe”, “Jornal de Notícias”, “Diário da Manhã” e “O Imparcial”.
Homem de reconhecida cultura, deixou extensa bibliografia, nela incluídos diversos trabalhos sobre assuntos médicos, pedagógicos e de história e saúde pública.
É considerado, juntamente com o Dr. Augusto Leite, um dos vinte maiores médicos sergipanos do século XX.
Faleceu em Aracaju, no dia 19 de agosto de 1940.
BIBLIOGRAFIA:
1.Bittencourt, Liberato . Homens do Brasil-Sergipe. Rio de Janeiro, 1917
2.Dória, Epifânio. Efemérides Sergipanas,Vol. 2. Aracaju, 2009
3.Guaraná, Armindo. Dicionário Biobibliográfico Sergipano. Rio de janeiro, 1927
4.Prado, Lúcio do – Aracaju e seus prefeitos médicos. Aracaju, 2007
MÉDICOS ILUSTRES DA BAHIA E DE SERGIPE
Biografias de médicos de Sergipe ........................................ 147
Biografias de médicos da Bahia ........................................... 417
Total ................................................................................... 564
Olá, boa noite!
ResponderExcluirFiz o meu TCC sobre o mesmo, inclusive fui eu que catalogou todas as suas obras, entrevistei parentes, alunas e colegas, além de arcos duas de pesquisa nos referidos órgãos citados pela mesma,
Boa noite. Gostaria de ler seu TCC. Como posso ter acesso a ele? tenho curiosidade, pois sou da família do Helvécio.
ExcluirAtt.
Taíssa