JOSÉ LOURENÇO DE MAGALHÃES
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Nasceu em Estância em 11 de setembro de 1831, sendo seus pais Romão Lourenço de Magalhães e Antônia Isabel Fernandes.
Diplomou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia, onde recebeu o grau de doutor em medicina no dia 15 de abril de 1856, após defender tese subordinada ao tema “Como reconhecemos que o cadáver, que se nos apresenta, pertence a um indivíduo que morreu afogado?”.
Especializou-se na França e na Alemanha, onde aprofundou seus conhecimentos em oftalmologia.
Iniciou a vida profissional em Estância e depois na capital baiana e em Laranjeiras.
Após algum tempo, mudou-se para Salvador, e em seguida para o Rio de Janeiro, em busca de maior campo para sua atividade profissional.
Do Rio de Janeiro passou para São Paulo, onde clinicou em várias cidades do interior e, em seguida, para a capital do estado.
Na capital paulista, dirigiu o Hospital dos Lázaros.
No Rio de Janeiro fundou, em Cascadura, um Instituto modelo que recebeu o seu nome.
Realizou seguidas viagens a Europa e, graças aos seus estudos sobre a lepra, tornou-se bastante conhecido no Brasil e no exterior.
Dentre seus admiradores, Epifânio Dória relaciona o sábio leprólogo turco Zambacco Pocha com o qual José Lourenço de Magalhães manteve intensa correspondência.
“Homem de superior inteligência e de vasta cultura médica, alto na estatura e na constituição delicado, escreveu muito sobre várias questões da medicina, tanto em português como em francês” (1).
“O dr. José Lourenço de Magalhães como resultado do seu amor à ciência e espírito eminentemente investigador, deixou um precioso legado às letras médicas, representado em obras de subido valor sobre higiene e moléstia dos olhos, avultando-se entre todas a que publicou a respeito da lepra e sua cura” (3).
Foi delegado de saúde em Estância e delegado de polícia, bem como tenente coronel chefe do Estado Maior do Comando Superior da Guarda Nacional.
Durante a epidemia de cólera, em 1863, desempenhou relevante serviço, pelo que mereceu o reconhecimento de todos quantos foram por ele beneficiados.
Foi deputado provincial (1862-1869), presidente da Sociedade Fraternidade Sergipana (Bahia), membro titular da Imperial Academia de Medicina desde 1885, na qual ocupou cários cargos da Diretoria (inclusive a Presidência), sócio correspondente da Sociedade Médica de Emulação de Paris e correspondente de importante periódico de oftalmologia editado em Paris.
Faleceu na cidade de São Paulo, em 23 de novembro de 1905.
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FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
Bittencourt, Liberato – Homens do Brasil-Sergipe. Rio de Janeiro, 1917.
Dória, Epifânio – Efemérides Sergipanas, vol.2: 476. Aracaju, 2009.
Guaraná, Armindo – Dicionário Biobibliográfico Sergipano. Rio de Janeiro, 1927.
MÉDICOS ILUSTRES DA BAHIA E DE SERGIPE
Biografias de médicos de Sergipe ..................................................198
Biografias de médicos da Bahia .................................................... 418
Total ........................................................................................... 616
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