segunda-feira, 26 de março de 2012

220-BAHIA: ARLINDO DE ASSIS




Nasceu em 30 de outubro de 1896.
Fez os preparatórios sob a orientação do Prof. Carneiro Ribeiro, com quem aprendeu os segredos da língua portuguesa, idioma que aprendeu a manejar com segurança e maestria.
Estudou na Faculdade de Medicina da Bahia, pela qual recebeu o grau de doutor em medicina,após  defender tese sobre “Carência alimentar no Beriberi”, trabalho considerado clássico na literatura médica do Brasil.
Quando estudante, foi interno do Hospital do Isolamaento, hoje Hospital Couto Maia, em Salvador.
Formado, seguiu para o sul do país, fixando-se primeiramente em São Paulo, onde trabalhou no Instituto Butantan, sob a orientação de Vital Brasil que foi, segundo depoimento do próprio Arlindo de Assis, seu mestre e orientador.
De São Paulo mudou-se para o Rio de Janeiro, onde fixou residência e realizou a grande parte de sua atividade científica e professoral.
Ocupou vários cargos de direção na Saúde Pública e foi professor catedrático de Bacteriologia na Faculdade Fluminense de Medicina.
Sua imortal obra sobre o BCG (do qual foi o introdutor no Brasil, em 1927),foi realizada na “Fundação Viscondessa de Morais”.
Por ocasião da chamada “catástrofe de Lübeck”, quando a vacinação BCG havia supostamente causado a morte de 74 crianças das 240 vacinadas naquela cidade, Arlindo de Assis defendeu, baseado em sua própria experiência (chegou a vacinar a si próprio com o BCG), de modo intransigente, a inocuidade do germe de Calmette. O episódio fez com que o governo da França o condecorasse com a “Medalha Pasteur”.
Arlindo de Assis, além de cientista notável, foi humanista, dotado de talento artístico, músico primoroso, homem justo, rico em bondade, de coração sempre aberto mas violento e intransigente na defesa dos seus princípios morais e de suas verdades científicas.
Faleceu em 30 de novembro de 1967

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