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By Ferramentas Blog

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

126-SERGIPE: FRANCISCO VIEIRA LEITE


ENGENHO SÃO FÉLIX, SERGIPE

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Nasceu no Engenho Castelo, (ou no Engenho São Félix ?) município de Santa Luzia, no dia 14 de janeiro de 1887, sendo seus pais José de Souza Leite e Ana Vieira Leite.
Fez os preparatórios na capital da Bahia, onde recebeu o grau de doutor em medicina no dia 19 de dezembro de 1909, pela Faculdade de Medicina da Bahia.
Sua tese doutoral versou sobre “Sífilis e Abortamento”.
Formado, iniciou sua atividade profissional na Cidade do Salvador (Bahia). Depois, mudou-se para a Vila do Pará Mirim (Mato Grosso) e, em seguida, para Três Lagoas, no mesmo estado.
Desconhecemos a data de seu falecimento.

FONTE BIBLIOGRÁFICA
Guaraná, Armindo – Dicionário Biobibliográfico Sergipano. Rio de Janeiro, 1927.

MÉDICOS ILUSTRES DA BAHIA E DE SERGIPE
Biografias de médicos da Bahia ...............................  410
Biografias de médicos de Sergipe ............................. 126
Total .......................................................................     536

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Engenho Castelo?
ENGENHO SÃO FÉLIX


O engenho Castelo localiza-se geograficamente vizinho à cidade de Estância e justaposto à cidade de Santa Luzia do Itanhi. Na propriedade do engenho havia escola, banda de música e até um jornal, "O Pirilampo", um importante ponto de referência cultural para a época. Em 1964 a usina Castelo encerra a sua produção. Em 1989 a propriedade é vendida, a qual atualmente é explorada com pecuária. "O conjunto arquitetônico do Castelo é um dos mais preservados da memória açucareira sergipana".p. 91.
Contudo, na análise de FREIRE (1995), no século XIX, com a decadência da indústria açucareira em Sergipe, face às condições desfavoráveis do mercado externo, leva alguns produtores de cana a desenvolverem as atividades algodoeiros e a dar destaque à pecuária que passam a ser as novas fontes de lucros em Sergipe.
Em meados do século XX, Sergipe iniciou um novo período de expansão da pecuária e das pastagens. Em Santa Luzia do Itanhi a efetivação desse novo período se processa paulatinamente, após a crise da cana de açúcar que se consolidou na década de 1960, com a substituição desta atividade pelo expansivo aumento da pecuária e da cocoicultura. A partir de 1980 ao lado do coco ocorreu também a invasão da citricultura, como uma forma de reduzir os impasses gerados pela queda da produção de cana de açúcar.
Como no final do século XIX a economia de Santa Luzia do Itanhi, girava basicamente em torno da cana de açúcar, a decadência deste produto no mercado e a crescente força política e industrial de Estância ingressou Santa Luzia do Itanhi na decadência e atraso.
Outro fato a ser considerado é que na análise da distribuição da terra do município, evidencia elevado índice de concentração de terra. É um município onde observa-se um número significativo de fazendas improdutivas. As atividades econômicas desenvolvidas nas antigas fazendas de cana de açúcar estão quase que inteiramente explorando a pecuária e a produção de coco, ambas as atividades exigem ocupação de grandes extensões de terra e dispensam de muita mão-de-obra.
Conforme LOUREIRO (1999), em 1812 a população era de 10.000 habitantes, sendo que 3000 eram brancos, 3.000 negros e 4.000 de diversas raças.
Hoje, os habitantes do município vivem da agricultura e pesca de subsistência, e do Fundo de Participação do Município que a prefeitura recebe. Santa Luzia, antes uma das maiores riquezas do País, é hoje um dos 50 municípios mais pobres do Brasil. Sua população estimada é de 15 mil habitantes, dos quais, 24% estão localizados na zona urbana, e os demais na zona rural. A área total do município é de 336,20 Km2, e, possui 51 povoados.
Segundo os autores SANTOS E OLIVA (1998), em Sergipe, foi no começo do século XIX que registrou-se o maior número de escravos no conjunto de sua população, o que coincide com a fase de mais rápido crescimento dos engenhos. Naquele período, os escravos chegaram a representar mais de 1/3 dos habitantes. E, apesar da sua participação nas mais diversas atividades, o trabalhador escravo foi principalmente utilizado nas tarefas agrícolas, especialmente naquelas relacionadas com o cultivo da cana e produção do açúcar.
Ainda conforme SANTOS E OLIVA (1998), a cana-de-açúcar exigiu braços, sendo crescente a importância do africano, como mão-de-obra escrava.
Segundo LOUREIRO (1999), "abolida a escravatura, ex-escravos optavam pelo trabalho junto aos antigos donos. Esse foi o caso, por exemplo, do Engenho Cedro, onde atuais trabalhadores ainda descendem de antigos escravos de outrora." p. 9.
Também deve ser considerada a contribuição biotipológica, ou seja, cor da pele, cabelos, nariz, lábios e olhos, legada pela larga miscigenação ocorrida desde os primórdios da colonização, bem presentes nos remanescentes de quilombolas, os quais, no município de Santa Luzia do Itanhi, migraram para localidades litorâneas, que compreendem a sede do município (representado por 3.324 habitantes), e os povoados: Rua da Palha (1.167 habitantes), Pedra Furada (519 habitantes), Crasto (1.571 habitantes), Cajazeiras, Pedra D'Água, Bode (554 habitantes), Taboa (397 habitantes) e Botequim (823 habitantes), totalizando 8.355 habitantes.
Para os povoados acima citados, em decorrência do histórico do município, da forte da existência de remanescentes quilombolas, no dia 12 de julho de 2005, através da Fundação Cultural Palmares, conforme Registro no Livro de Cadastro Geral nº 003, Registro 270, f.76, e Portaria nº 32 de 12 de agosto de 2005, publicada no Diário Oficial da União de 19 de agosto de 2005, foi reconhecida a Comunidade Remanescente de Quilombos do Território Luziense.
Desta forma, nota-se que aproximadamente 34% da população é reconhecida como remanescente quilombola, respaldando a importância da contribuição da mão escrava no comércio açucareiro, na constituição dos sete engenhos, bem como na permanência deste povo, contribuindo na formação biotípica, econômica e cultural do município de Santa Luzia do Itanhi.
Hildebrando dos Santos Crasto/Sergipe

7 comentários:

  1. Sobre o Dr Francisco Vieira Leite tenho maiores informaçoes, era meu bisavo e faleu em Valparaiso/SP cidade da qual foi um dos fundadores.
    Viviani Leite

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    1. Tomando conhecimento de que a estimada amiga é possuidora de nformações sobre o Dr. Francisco Vieira Leite, solcito contato através e-mail
      leite.geraldo@uol.com.br

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    2. Tenho um resumo da biografia do Dr. Leite, e gostaria de compartilhar com todos, pois considero muito relevantes as informações contida nesta biografia, e verdadeiras.

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    3. Estimado amigo,
      Caso deseje, pode enviar o material em seu poder a fim de ser divulgado neste blog.
      Apresento ao amigo e seus familiares votos, os mais sinceros de Feliz Natal e próspero ano novo.
      Atenciosamente,
      Geraldo Leite
      leite.geraldo@uol.com.br

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  2. Ola Viviani!!! Meu nome é Marcos sou de Salvador-Ba e sou neto de Helena Leite e bisneto de Roskild Vieira Leite irmão do Dr. Francisco Vieira Leite, João Vieira Leite, Oscar Vieira Leite, Antonio Vieira Leite, José Vieira Leite, Manoel Vieira Leite que eram filhos de José de Souza Leite e Anna Vieira Leite....
    Tenho tentado organizar a árvore genealógica da família Vieira Leite e gostaria de trocar informações com você.

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  3. Marcos Bassi segue e-mail: marcos_cast2@yahoo.com.br

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  4. Boa noite, sou bisneta do Francisco Vieira Leite (Dr.Leite), neta da Deltrudes e tenho interesse em colaborar com a árvore genealógica.Também gostaria de saber mais sobre a família.
    anamit98@gmail.com

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