sábado, 15 de janeiro de 2011

ANTÔNIO BASTOS DE FREITAS BORJA

ANTÔNIO BASTOS DE FREITAS BORJA

Congregação da Faculdade de Medicina da Bahia, por ocasião da formatura do Prof. Antônio Bastos de Freitas Borja (1903)

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Nasceu na Fazenda Candeal, município de Feira de Santana, em 30 de dezembro de 1878. Seus pais foram o fazendeiro  Antônio de Freitas Borja e Elvira Bastos de Freitas Borja.
Talento precoce, inteligência vibrante, impressionou seus pais desde os primeiros anos de vida. Prevendo um futuro brilhante, mandaram-no para a sede do município, onde iniciou o estudo das primeiras letras. Em seguida, enviaram-no para Santo Amaro da Purificação e, logo depois, para Salvador.
Em julho de 1897, apresentou-se como voluntário, para servir na guerra de Canudos.
No ano seguinte, matriculou-se nos cursos de Medicina e Farmácia da Faculdade de Medicina da Bahia.
Em 19 de dezembro de 1903, concluiu o curso médico.
Foram seus colegas de turma: Albino Arthur da Silva Leitão, Alvim Martins Horcades, Clementino Rocha Fraga Júnior, Eduardo César Rodrigues de Moraes, João Sabino de Lima Pinho Filho. Alvim Martins Horcades participou, com João Sabino de Lima, como estudantes de medicinas, da Guerra de Canudos e foi o estopim de uma prolongada grave estudantil. Albino Leitão, Clementino Fraga e Eduardo Moraes, tornaram-se professores da Faculdade (4).
Diplomado, rumou para o Rio de Janeiro onde ingressou, por concurso, no Corpo de Saúde do Exército, no posto de 2º tenente médico, demonstrando  brio e responsabilidade.
Em 1907, regressou à Bahia, quando foi nomeado assistente da 2ª Cadeira de Clínica Cirúrgica. Em 1912 passou a Livre Docente da mesma disciplina, ocasião em que defendeu a tese “Esfacelo do intestino delgado nas hérnias inguinais estranguladas e a cirurgia”.
Em 1913 regeu, interinamente, a 2ª Cadeira de Clínica Cirúrgica. Em 1914, prestou concurso para Professor extraordinário de Clínica Cirúrgica, apresentando o trabalho “Contribuição ao estudo do tratamento das peritonites agudas”.
No ano de 1915, após concurso, conquistou a Cátedra de Patologia Cirúrgica. Dois anos depois, foi transferido para a cadeira de Clínica Cirúrgica e nela permaneceu até o final da vida.
Sempre devotado aos progressos da profissão, foi à Europa e freqüentou os Serviços de Cirurgia mais famosos do Velho Mundo.
Diz Loureiro de Souza: “Homem de vasta cultura médica, por vezes exerceu, interinamente, as cátedras de Urologia e Clínica Pediátrica Cirúrgica. Dos maiores cirurgiões do seu tempo, foi notável médico e professor, venerado pelos discípulos e admirado pelos colegas da congregação. Revestido de grande bondade, eficiente e humanitário, soube valer-se de seu exímio bisturi para exercer a sua ação benfazeja entre ricos e pobres. Querido e admirado pelos discípulos, que lhe reconheciam, ao lado da proficiência magistral, o desassombro cívico, exerceu grande influência na mocidade, que o tomava por modelo e guia. E de tal quilate foi a sua ação junto à juventude que Nelson Carneiro, por ocasião da  morte do grande mestre, concitou em artigo publicado, a mocidade a erguer um busto de Antônio Borja na Faculdade de Medicina, por ter sido ele “um exemplo de altivez e de rara coragem cívica” ( 2).
Faleceu em 1933


FONTES BIBLIOGRÁFICAS:

1.         Aleixo Sepúlveda, Antônio Carlos –Discurso de Posse na Academia de Medicina da Bahia. Anais da Academia de Medicina da Bahia, Volume 11, dezembro de 1998.
2. Loureiro de Souza, Antônio  - Baianos Ilustres. Editora Beneditina. Bahia, 1973.
3.  Sá Oliveira, Eduardo – Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia, cncernente ao ano de 1942.- Gráfica Universitária. Universidade Federal da Bahia, 1992.
4. Tavares-Neto, José – Formados de 1812 a 2008 pela Faculdade de Medicina da Bahia. Feira de Santana, 2008.

           

                                                                             
Faculdade de Medicina da Bahia, por ocasião da formatura do Prof. Antônio Bastos de Freitas Borja (1903)
 

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