terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

153- GERSON PINTO

153- GERSON PINTO
TRAÇADO ELETROCARDIOGRÁFICO

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Alagoano de origem foi transferido, ainda muito jovem, com seus pais, para a capital de Sergipe. Alí realizou os  cursos primário e secundário, no Ateneu Pedro II.
Cursou o primeiro ano “pré-médico”  no Colégio N.S. Auxiliadora, dos Irmãos Maristas, em Salvador. Em 1936, se inscreveu no segundo ano do mesmo curso , na Faculdade de Medicina da Bahia.
Diz Newton Alves Guimarães que o conheceu, na Faculdade,  onde gozava a fama de ótimo estudante. “Áquela época, bem menor o número dos postulantes ao ingresso nas faculdades, buscávamos saber quantos e quais os “cobras”, na expressão de hoje; queríamos conhecê-los, e, pelo deles aferir o nosso preparo e assim as nossas possibilidades de sucesso no vestibular, então chamado “concurso de habilitação”. Era o nome de Gerson citado como dos candidatos certos a um dos primeiros lugares. Juntamente com Suzette Mandarino Hipólito, compartia ele a primazia na dedicação ao estudo, na regularidade das notas distintas, na facilidade com que estavam sempre em dia com a matéria” ( 1 ).
Deste modo, sempre de maneira distinguida, ingressou, em 1938,  no curso médico.
Em 1940, cursando ainda o 3º ano, participou de um grupo de estudantes que, sob a orientação do Prof.  Clementino Fraga, visitou hospitais e serviços médicos do Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.
Incumbido de preparar o relatório da viagem, a ser entregue ao Governo do Estado, a ele se dedicou de modo rigoroso e persistente, redigindo-o até altas horas da noite.
Concluído o curso, em 1943, regressou para Aracaju, onde ingressou no Hospital de Cirurgia, angariando, ao mesmo tempo,  numerosa  clientela.
No Hospital de Cirurgia, sob a égide do dr. Augusto Leite, foi médico-residente e chefe do serviço de eletrocardiografia, tornando-se conceituado cardiologista, pelo que alcançou a presidência da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Atendendo convite do Prof. Fernando São Paulo, transferiu-se para Salvador, iniciando brilhante carreira universitária.
“À Faculdade – diz Newton Guimarães- serviu com empenho e correção modelares; na cadeira de Terapêutica foi assistente, docente livre, professor adjunto e titular interino” (Ibidem).
Ocupou cargos administrativos e técnicos de excepcional relevância: membro do colegiado do curso médico, Chefe da Divisão Médica do Hospital Universitário Prof. Edgard Santos , diretor desse mesmo Hospital, chefe do Departamento de Cárdio-Angio-Pneumologia e vice-Diretor da Faculdade de Medicina  da Universidade Federal da Bahia, cargo que exercia por ocasião de sua morte.
Participou de cursos de especialização, no Brasil e nos Estados Unidos, publicou numerosos trabalhos científicos e participou, em vários congressos, como membro de mesas redondas, painéis e conferencista, ao lado de renomados mestres da cardiologia nacional.
Faleceu em 1977.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1.      Newton Alves Guimarães – Gerson Pinto. Anais da Academia de Medicina da Bahia. Volume I, abril 1978.
2.      Newton Alves Guimarães- Homenagem Póstuma a Gerson Pinto. Anais da Academia de Medicina da Bahia. Volume 3, junho de 1981.


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