quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

161- HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA (UMA CRIATURA SINGULAR)

161- HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA
(UMA CRIATURA SINGULAR)
HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA

*
Nasceu em Salvador, em 15 de setembro de 1883, na Rua Direita da Piedade, no mesmo local onde hoje se encontram o monumento e uma praça com o seu nome.
Seus pais foram o armador Honorato José de Souza e Amélia Guerra de Souza.
Aos 16 anos de idade, visitou Lisboa, Sri Lanka,Calcutá, Allahbad, Nova Delhi, Srinagar e Leh, lugares que marcaram para a sua existência e que inspiraram a criação, com sua esposa (Helena Jefferson de Souza), da Sociedade Brasileira de Eubiose.
Filho de rica e tradicional família soteropolitana, perdeu, ainda muito moço, seu pai e seu irmão mais velho, pelo que teve de abandonar sues estudos na Faculdade de Medicina e assumir a direção dos negócios da família.
“A guerra de 1914-1918 pôs termo tanto ao comércio como às trocas culturais com a Europa e, assim, aos seus tormentos de empresário a contragosto, pois teve de dissolver as empresas. Pôde então aprofundar-se nos estudos de filosofias, religiões e línguas antigas comparadas, de sorte que, em 1916, vamos encontrá-lo radicado no Rio de Janeiro, ocupado com o jornalismo e palestras públicas na sua especialidade e à testa de Samyama, uma escola de filosofia oriental” ( ).
Em 1924, fundou, na cidade de Niteroi, a Sociedade Mental e Espiritual Dhâranâ, posteriormente denominada Sociedade Teosófica Brasileira. A referida Sociedade, transferiu sua sede para a cidade de São Lourenço, em Minas Gerais e, logo após o falecimento do seu fundador, recebeu o nome de Sociedade Brasileira de Eubiose.
Profundo conhecedor do ocultismo e da teosofia, desenvolveu temas ligados à espiritualidade brasileira e a lugares sagrados do nosso país, dando início ao chamado “movimento eubiótico”.
 A Sociedade Brasileira de Eubiose tem como objetivo principal vencer os obstáculos que impedem a evolução da humanidade.
Trata-se de uma entidade genuinamente nacional, cujo foco é o engrandecimento material, cultural e espiritual do povo brasileiro, com base na fraternidade universal, no estimulo ao desenvolvimento do potencial de cada ser humano, na prática das virtudes mais nobres, e no combate aos vícios e maus costumes da sociedade.
Da Sociedade Brasileira de Eubiose fizeram parte homens como Juscelino Kubitschek e outras personalidades de grande projeção nacional e internacional.
Como médico, educador, filósofo, musicista e homem de letras, José Henrique de Souza foi um exemplo para o Brasil e para o mundo.
Faleceu em 9 de setembro de 1963, na cidade de São Paulo, deixando a Sociedade Brasileira de Eubiose entregue aos filhos e aos inúmeros associados, espalhados pelo mundo.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1.       José Henrique de Souza. Disponível em http://www.google.com.br/sea
Rch?hl=pt-BR&source=HP&q=jos%C3%A9+Henrique+Souza&btnG=Pes
Quisa+Google&meta=Dlang_pt&aq=f&oq=Acesso em 8 de outubro de 2009.
2.       Violeta, Vera- A verdadeira face de um mestre- Jornal “A Tarde”, edição de 11 de janeiro de 2005. Salvador, 2005



                                                                                       
APÊNDICE I
    EUBIOSE
TEMPLO DE EUBIOSE, EM SÃO LOURENÇO
*
A Sociedade Brasileira de Eubiose é uma sociedade fundada por Henrique José de Souza (1883-1963), apoiado por sua esposa Helena Jefferson de Souza (1906-2000), em São Lourenço, no ano de 1921. Seu conhecimento é uma síntese de Filosofia, Religião e Ciência. Publicamente, a Eubiose é conhecida como uma sociedade de Esoterismo, Teosofia e Ocultismo, e seus integrantes são chamados de Eubiotas.

Eubiose [do gr. eu (bem, bom) + bios + osis (modo de viver)] é um neologismo criado e difundido pela Sociedade Brasileira de Eubiose, outrora Sociedade Teosófica Brasileira. Seu significado, embora muito abrangente, se relaciona com o processo de evolução humana, entendido como transformação de energia em consciência. Tal processo, longe de se identificar com as religiões dogmáticas, aponta no caminho de uma construção crítica do autoconhecimento. Trabalhando, portanto, para além dos estudos de religiões comparadas, a Sociedade Brasileira de Eubiose apresenta manancial próprio de saberes que segue do conhecimento sobre a natureza oculta do corpo humano às visões sobre a cosmogênese. Palestras públicas, livros e textos, seminários, iogas. Os ensinamentos contidos na doutrina eubiótica apontam na direção não apenas do crescimento individual mas do crescimento coletivo.
Em 1921, foi lançada a pedra fundamental do movimento eubiótico no Brasil. Sua fundação material, como Dhâranâ Sociedade Mental Espiritualista, no entanto, remete a 1924, quando em Niterói foram firmados os seus estatutos sociais. Com um trabalho então muito próximo ao do budismo esotérico, Dhâranâ ergueu as bases para o que viria a se tornar a Sociedade Teosófica Brasileira, nome assumido em 1928, e que de certa forma homenageava a Sociedade Teosófica fundada por Helena Petrovna Blavatsky, que, por sua vez, buscava desenvolver uma doutrina espiritualista na América. Tendo acompanhado e participado ativamente de uma série de eventos políticos e culturais do país e do mundo, a então Sociedade Teosófica Brasileira deu continuidade ao trabalho de Blavatsky, interrompido prematuramente, e também ao do teósofo espanhol Mário Roso de Luna, com quem o Professor Henrique José de Souza mantinha interessantes diálogos. A partir daí, a Eubiose inspirou e influenciou uma série de outros grupos e colégios iniciáticos, desde preceitos espíritas a lojas maçônicas. Com a morte de seu preceptor, a então Sociedade Teosófica Brasileira assumiu o seu nome atual.
Com templos erguidos em três cidades brasileiras, – São Lourenço, Itaparica e Nova Xavantina –, a Sociedade Brasileira de Eubiose conta ainda com departamentos em diversas cidades dentro e fora do Brasil, nos quais é possível entrar em contato com outros discípulos, apreender iogas individuais e coletivas, e ainda ler e pesquisar sobre o material legado por seus mestres e instrutores.
Os departamentos assumem a função de verdadeiros colégios iniciáticos, em que é possível debater e confrontar idéias. Os templos, por sua vez, – um deles em forma de obelisco e os demais concebidos em uma arquitetura clássica helênica – são os centros do movimento eubiótico.

APÊNDICE II
BIOGRAFIA DE HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA
*
“Nascido em 1883, na cidade de Salvador, Bahia, cresceu e iniciou sua obra em sua cidade natal, atuando em 1905 como co-fundador da loja teosófica Alcyone.
Filho de rica e tradicional casa de Salvador, com a morte precoce do pai, empresário teatral e exportador, e a seguir, a do irmão mais velho, abandonou a faculdade de medicina para assumir a direção dos negócios e o sustento da família. A guerra de 1914-1918 pôs termo tanto ao comércio como às trocas culturais com a Europa e, assim, aos seus tormentos de empresário a contragosto, pois teve de dissolver as empresas. Pôde então aprofundar-se nos estudos de filosofias, religiões e línguas antigas comparadas, de sorte que, em 1916, vamos encontrá-lo radicado no Rio de Janeiro, ocupado com o jornalismo e palestras públicas na sua especialidade e à testa de Samyama, uma escola de filosofia oriental.
Antes disso, realizou uma longa viagem ao oriente, passando por Portugal, Índia, Tibete e uma série de outros lugares. Ao retornar, fundou em 1924, na cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro, a Sociedade Mental e Espiritualista Dhâranâ, posteriormente chamada de Sociedade Teosófica Brasileira. Mais tarde, transferiu sua sede para a cidade de São Lourenço no sul de Minas Gerais. Logo após seu falecimento a sociedade foi denominada Sociedade Brasileira de Eubiose.
Profundo estudioso do ocultismo e da teosofia, o "Professor", como ainda é chamado pelos discípulos da instituição a que deu origem, desenvolveu diversos aspectos da teosofia e do ocultismo ligados à espiritualidade brasileira e a lugares sagrados do Brasil, iniciando assim o movimento eubiótico. Desenvolveu também temas ligados à iluminação, à evolução da consciência e aos ciclos naturais do planeta e da humanidade. Sua obra ainda hoje é tema de estudos no campo da antropologia, religiosidade e misticismo (cf. p. ex. Fortis, 1997) e seu legado é seguido por diversas instituições derivadas ou não das que criou em vida, entre elas a própria Sociedade Brasileira de Eubiose, a Sociedade de Estudos Teosóficos e a Confraria Mística Brasileira, além de lojas maçônicas e outros grupos não-formalizados.
Obras Principais
Henrique José de Souza publicou centenas de artigos na revista Dhâranâ, divulgada a partir da Sociedade Brasileira de Eubiose e ainda quatro livros: O Tibete e a Teosofia (1928-32), em parceria com seu amigo e também ocultista Mario Roso de Luna; O Verdadeiro Caminho da Iniciação (1940); Ocultismo e Teosofia (1949), sob pseudônimo de Laurentus; e Os Mistérios do Sexo (1965).
Para a formação dos discípulos da Sociedade Brasileira de Eubiose, verteu do inglês e do francês parte da obra de Helena Petrovna Blavatsky, da mesma forma que, do espanhol, a de Roso de Luna, comentando-as e atualizando-as. Ainda de Roso de Luna - com quem manteve intensa correspondência desde 1928 até a morte do amigo, em 1931 - traduziu do francês a revolucionária e profética obra científica Evolucion Solaire et Séries Astrochimiques (1909), que adianta a possibilidade teórica de estudar a composição química do sol e outros astros pela análise do seu espectro de luz, hoje fato consumado. Também de autoria do teósofo espanhol, traduziu os 21 capítulos iniciais de O Tibete e a Teosofia, completando-o com outros tantos de sua lavra.
Mas a grande obra literária de Henrique José de Souza são suas Cartas de Revelação, escritas de 1924 até 1963, contendo as linhas-mestras do movimento eubiótico e as instruções diretivas da Sociedade Brasileira de Eubiose, projetadas até o século XXI. Essa imensa pregação epistolar foi revista e resumida, sob sua orientação, na década de 1941-50, descartando-se os originais do período precedente. Pela desatenção de colaboradores, perdeu-se uma parte, mas restam ainda, organizadas cronologicamente e classificadas por assunto, através de exaustivo Índice Remissivo das Cartas, cerca de 4 mil páginas datilografadas, que se mantém em bibliotecas reservadas para consulta de membros efetivos da Sociedade Brasileira de Eubiose.
Além de literato, foi músico e poeta, sendo de sua autoria a extensa coletânea de músicas (e letras) que enriquecem o cenário das ritualísticas da Eubiose.”

 APÊNDICE III
   A COSMOGÊNESE
(Disponível em (http://www.imagick.org.br/pagmag/turma2/henrique2.htmlg.br/pagmag/turma2 /henrique2.html)
                                                             SANAT  KUMARA                                                                   
*
  A "Doutrina Secreta" de Helena Petrovna Blavatsky, começa da seguinte maneira a sua descrição, quando trata da formação do nosso Universo, que é o Quarto Sistema de evolução:
O Eterno Pai, envolto em suas Sempre Invisíveis Vestes, tinha dormido uma vez mais por Sete Eternidades. O Tempo não existia, pois jazia, dormindo, no Seio Infinito da Duração.
A Mente Universal não existia, pois não havia Ah-hi (seres celestiais) para contê-la. As Sete Sendas da felicidade não existiam. As Grandes Causas de Desdita não existiam, pois não havia ninguém que as produzisse e fosse por elas envolvido.
Só Trevas enchiam o Todo Sem Limites; pois Pai, Mãe e Filho eram uma vez mais Uno, e o Filho não havia ainda despertado para a nova Ronda e sua Peregrinação nela.
Os Sete Senhores Sublimes e as Sete Verdades haviam deixado de ser; e o Universo, o Filho das Necessidades, estava submerso em Paranishpanna (Absoluto Não-Ser, equivalente ao Absoluto Ser ou "Seidade"), para ser exaltado por aquele que é, e no entanto, não é. Nenhuma coisa existia.
As Causas da Existência haviam sido destruídas; o Visível que foi e o Invisível que é, permaneciam no Eterno Não-Ser – o Único Ser. A Forma Una de Existência, sem limites, infinda, sem causa, se estendia somente em Sono sem Sonhos; e a Vida palpitava inconsciente no Espaço Universal, em toda a extensão daquela Onipresença que o Olho Aberto de Dangma (alma purificada) percebe.
Mas, onde estava Dangma quando Alaya (Alma Universal ou "Anima mundi") do Universo estava em Paramârtha (Existência Absoluta), e a Grande Roda era Anupadaka? ("sem pais" – que existia por si mesmo, agênito, nascido sem pais ou progenitores).
Rudolf Steiner, o criador da Antroposofia, ao estudar as Cadeias do Quarto Sistema de evolução, e seguindo os ensinamentos de Helena Petrovna Blavatsky, de que a Primeira Cadeia desse Quarto Sistema está ligada a um estado de consciência representado na simbologia do planeta Saturno, no seu livro "O Apocalipse", à página 37, escreve:
"Pode-se perguntar: o que é que existia antes de haver a Cadeia de Saturno? Outros estados anteriores a toda nossa evolução terrestre? Será difícil recuar para além de Saturno, porque ele marca um estado de evolução onde começa o que chamamos de Tempo. Anteriormente havia outras formas de existência, mas a rigor, não podemos mesmo dizer "anteriormente", pois que o Tempo não existia ainda. O Tempo teve, assim, sua origem. Antes de Saturno não havia o tempo, mas somente a eternidade, a duração. Tudo existe simultaneamente. Uma sucessão de fenômenos começa em Saturno. Na situação do mundo onde nada existe a não ser a eternidade, a duração, não pode haver, tampouco, movimento. Porque o movimento é função do tempo. Não há rotação. Há duração e repouso. Diz-se em ocultismo: é o estado do inefável repouso na duração. A Expressão é exata: "Um estado de inefável repouso na duração precedeu a Saturno".
Tomando por base revelações e ensinamentos do Professor Henrique José de Souza, a Sociedade Brasileira de Eubiose dará agora uma explicação que pode, respondendo às dúvidas apontadas por Rudolf Steiner, levantar uma ponta do véu que encobre o mistério dos Universos anteriores a Saturno, apresentado por H. P. Balavatsky, nas "Estâncias de Dzyan".
O Tempo, o espaço e a causalidade, são as três características de um Universo em manifestação. No seio do Infinito, onde reina a Eternidade, a "Imutabilidade", não existe Espaço, nem Tempo, nem a relação entre Causa e Efeito. Existe, sim, a cristalização do perfeito, a Imobilidade: um Sistema estático, onde não há energia em ação, mas o Equilíbrio. Portanto, nada existe, existindo tudo.
Surgem sete sistemas em torno do oitavo, do qual se originam todos os demais, resultantes de um trabalho de Fohat e Kundalini, que partindo de um embrião ou núcleo primitivo, onde vibram incessantemente – Fohat como luz ou fogo frio, e Kundalini como força ou fogo quente – formando sete voltas da espiral central do Oitavo Sistema, qual tela luminosa, onde a Aranha é o próprio Bijam ou embrião universal, por trás do qual se acha o Espaço Sem Limites, fazendo soar o Eterno sonido do Tudo no Nada e do Nada no Tudo.
Na eternidade dos tempos, os sistemas se desenvolveram em torno da Grande Roda Sem Fim, onde permanece a CAUSA DAS CAUSAS, que sendo uma só em si mesma, faz nascer e renascer – pelo poder ÍGNEO DOS SETE SÓIS (os Logos Criadores) aqueles mesmos sistemas, em número de sete, e cada um deles com seus sete Globos (ou Astros), Dwipas celestes, que governam os sete continentes, e que são mantidos pelo Sol Central.
Os Ishwaras de cada sistema, incluindo os globos destes mesmos sistemas, na direção espiritual, se refletem como dirigentes da formação setenária dos mesmos sistemas, isto é, das suas cadeias ou globos, e tomam o nome de Planetários ou Kumaras.
Como Deuses dos sete sistemas ou seus dirigentes, os Ishwaras possuem, cada um, sete hierarquias diferentes. A experiência de cada sistema, cadeia, vai formando novas hierarquias. Se repetirmos sete vezes a evolução completa da Grande Ronda, veremos que ao chegar ao fim, serão incluídas nas referidas experiências as hierarquias criadas por todos Eles. Desse modo, o que se poderia deduzir desse conjunto de hierarquias ao chegar-se ao fim? Haverá mesmo fim...?
As Eternidades evoluídas dos vários sistemas participam do Espaço Sem Limites, do Oceano Sem Praias, a que se dá o nome de Mar de Akshara... donde surgiram todos os Akashas.
É o Segundo Trono que une e desune, liga e desliga uma Cadeia ou Sistema, dos demais. Nele estão contidos os "Arquétipos" para a formação de futuros universos.
Por exemplo, ao findar o primeiro Globo do primeiro Sistema, a evolução passou por 6 Globos obscuros, todos num Segundo Trono. No Globo obscuro, a vida fica em inércia passiva, há uma passividade semelhante a um estado de sono. No Segundo Trono, o Globo obscuro conserva a experiência para, terminando o período de Pralaia, objetivá-la num novo Globo luminoso no Sistema imediato. Daí a primeira Cadeia de cada Sistema ser influenciada pelo Sistema precedente.
Portanto, entre uma Cadeia e outra, bem como entre um Sistema de evolução e outro, há sempre um Pralaia (período de obscuridade ou repouso), onde se conserva a experiência do Globo, Cadeia ou Universo anterior. Este Pralaia é representado por um Segundo Trono, desde que seu papel é separar uma coisa da outra. Os Globos luminosos se expressam no plano físico e os obscuros num Segundo Trono. São estes que conservam a experiência adquirida nos Globos luminosos. O Tempo de duração dos Globos luminosos é igual ao dos Globos obscuros ou seja, Manuântara igual a Pralaia.
A Primeira Cadeia do Primeiro Sistema saído do seio do OITAVO Sistema, que é o embrião universal, por trás do qual se acha o Espaço Sem Limites, não havendo colhido experiência anterior, se faz por intermédio da Vontade posta em Atividade do Oitavo Sistema. Dessa forma, o impulso para a Criação desta Cadeia é o mais vigoroso de todos, por partir da própria Causa Única (o Oitavo Sistema).
No primeiro Sistema houve um só Globo iluminado e nele se desenvolveu o mineral, que não era o atual e sim o "Flogístico", daí ser a matéria daquele Sistema o "flogiston". Da mesma forma os corpos dos Dhyanis (Planetários) , bem como o do Ishwara, eram flogísticos, sendo também flogísticos os micro-organismos da hierarquia assúrica formada nesse Sistema. Nele se desenvolveu o reino mineral através de suas sete classificações, cuja expressão máxima foi o Urano, por ser o da última Cadeia, ao qual vieram juntar-se os demais.
A duração da Primeira Cadeia e do Primeiro Sistema correspondeu ao tempo que gastariam sete Globos, se todos estivessem em atividade. No Segundo Sistema, o tempo de vida das duas primeiras Cadeias corresponde também a sete Globos (três e meio para cada) e assim sucessivamente. Dessa forma, o tempo para cada Cadeia vai encurtando.
O Segundo Sistema desenvolveu a mesma forma de evolução, com as sete Cadeias, sendo que desta vez constaram dois Globos luminosos para cinco obscuros e onde, além do mineral em forma flogística do Sistema anterior, aparece o vegetal em sua forma arquetipal, também flogística, e suas sete classificações. A hierarquia formada nesse Sistema, em suas duas cadeias, era, como na anterior, de micro-organismos possuindo o seu Assura criador, ou seja, o acionador vital de sua natureza ou espécie.
No Terceiro Sistema, a formação, já agora animal, que se processou de acordo com as experiências recebidas dos dois Sistemas anteriores, era também dividida em sete classes e possuíam vestígios iniciais dos seres que deveriam figurar no Quarto Sistema, que é o nosso. Na última Cadeia do Terceiro Sistema, possuíam características semi-humanas ou semi-animais, como consequência das experiências anteriores.
Entremos, agora, no Quarto Sistema, que é o tratado por H. P. Blavatsky, com as dúvidas do Sr. Rudolf Steiner, cuja primeira Cadeia foi a de Saturno, a segunda a do Sol e a terceira a da Lua. A Cadeia de Saturno, que deu como resultado a hierarquia de Assuras, transformou a série flogística mineral do primeiro Sistema, no "tatwa" que deveria ser o predominante na Primeira Cadeia desse Quarto Sistema e que foi "Pritivi", elemento sutil predominante na formação do mineral, ou seja, naquele que hoje está classificado como metais e metalóides, pela ciência considerada oficial.
Na Segunda Cadeia desse Quarto Sistema, deveria figurar o tatwa Apas, como seria lógico de se supor, sob a égide da Lua; no entanto, tal fato não aconteceu, em virtude de "erros" (atrasos no plano arquetipal), passando a figurar sob o impulso do Sol e do tatwa Tejas, dando como resultado a hierarquia dos Agniswatas, formando também a série vegetal dessa Cadeia – que foi plasmada como repercussão do que existia no Segundo Sistema. Esta inversão de tatwas fez com que na Terceira Cadeia desse nosso Quarto Sistema se desenvolvesse a série animal correspondente à última Cadeia do Terceiro Sistema de evolução, fazendo surgir, em consequência, uma hierarquia de nome Pitris Barishads que possuindo uma classe de Devas mal formados, ao ser indicada para trabalhar na evolução da Quarta Cadeia ou da formação do Jiva (homem), rebelou-se. Esta revolta contra Dharma, a Lei Evolutiva, ficou conhecida nas tradições esotéricas com o nome de "Taraka-Maya", ou a Guerra dos Céus das tradições hindus. Isto explica tudo sobre os Anjos caídos. A série animal desenvolvida na Terceira Cadeia, esteve sob a égide da Lua, entrando em sua formação o tatwa Apas.
Na complexa formação das Raças, no evoluir da Quarta Cadeia ou Quarto Globo do nosso Sistema (também o quarto), houve o saque contra o futuro feito pelo Senhor das Eternidades, quando apelou para o Quinto Ishwara, que dirigiu o Quinto Sistema representado pelo Planeta Vênus, para que passasse a dirigir a evolução na terra com os Pitris da Primeira Cadeia, os Assuras, arrastando também os Pitris Agniswatas da Segunda Cadeia e os Pitris Barishads da Terceira Cadeia.
Negando-se a infundir os seres de sua hierarquia (Quinta) nas formas da Primeira e da Segunda Raças-Mães que considerava vís, segundo Sepher Enoch, colocando-se assim, em oposição à Lei, deu motivo a que o Eterno apelasse também para o Sexto Ishwara, dirigente do Sexto Sistema, sob o Signo de Mercúrio, o qual, de acordo com os textos hebraicos, com o nome Jeová, formou o homem do pó da terra, soprando-lhe nas narinas o hálito de vida (Gênesis: 2;7), que deve ser entendido em forma de energia sutil, ou seja, o tatwa Vayu, cuja semente PAN figura ainda no radical de nomes divinos antigos, até nos nossos aborígenes. 
             
                                                                 



                                                                 

Nenhum comentário:

Postar um comentário