quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

270- MENANDRO DOS REIS MEIRELES FILHO

270- MENANDRO DOS REIS MEIRELES FILHO
MERCADO MODELO - SALVADOR, BAHIA, 1898
(ANO DA FORMATURA DE MENANDRO DOS REIS MEIRELES FILHO)
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Nasceu em Salvador, em 24 de dezembro de 1875, sendo seus pais Menandro dos Reis Meireles e Hermelinda Isabela da Silva Meireles.
Concluídos os preparatórios, ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, pela qual foi diplomado em Farmácia.
Em 1898, graduou-se em Medicina, na mesma Faculdade.
Sua tese de doutoramento, sobre “Breves Considerações sobre a Sinfiseotomia”, foi aprovada com distinção. No pórtico, constar as seguintes palavras: “O médico sem caridade é o mais pungente epigrama da civilização moderna. Sua vida é uma luta empenhada entre as misérias do homem e os tesouros da caridade. A cada grito de dor deve corresponder uma voz de socorro, a cada lágrima de desespero uma palavra de consolação” (Gouveia).
Essas palavras serviram de lema para Menandro dos Reis Meireles Filho. A caridade, a lhaneza do trato, o carinho e o desvelo pelos mais pobres e desprotegidos, foram constantes em sua existência.
Como estudante, foi interno de Clínica Obstétrica e Ginecológica e do Hospital Santa Izabel da Santa Casa de Misericórdia.
Em todas as etapas da sua vida profissional, como médico, como professor de medicina ou como administrador, foi um exemplo de probidade e dedicação
Dirigiu a Hospedaria dos Imigrantes, o Hospital Santa Izabel e o Desinfetório Marítimo. Foi médico do Hospital de Isolamento, hoje denominado Hospital Couto Maia, em 1912; professor substituto de Clínica Obstétrica e Ginecológica, em 1914, e, depois, catedrático; diretor da Maternidade Climério de Oliveira; fundador e diretor da “Casa de Saúde Menandro Filho”.
Viajou à Europa, onde estagiou em hospitais e maternidades, sobretudo da Suiça.
Quando diretor do Hospital Santa Izabel, criou, pela vez primeira na Bahia, um Curso de Enfermagem, contratando enfermeiras no exterior (Gilson).
Como professor, disse um de seus alunos, o Prof. Almeida Gouveia : “não  direi que ele foi um intelectual brilhante, de grandes recursos verbais, apurado nas formas de linguagem. Não era dos que, então, praticavam o ensino verbalista, teórico; ao contrário, era sobremodo prático e objetivo em suas lições, dadas de preferência à borda do leito, na enfermaria, preferindo o estudo dos casos clínicos. Jamais teve preocupações com glórias acadêmicas, renome científico, nem procurava aplausos dos estudantes, em aulas de anfiteatro. Suas aulas eram vivas, bem motivadas, estilo de boa conversa, tipo seminário de discussão, com perguntas e respostas objetivas, como gostava de ensinar o velho Lippman, o mestre europeu da obstetrícia do passado). Gostava de ensinar e o fazia com simplicidade. Era perfeito na técnica e imaginoso na tática da arte obstétrica, atributos que adquiriu no longo tirocínio  da especialidade. Parteiro de famílias prestigiosas e abastadas, como o era de famílias modestas, foi grande o seu prestígio social, um largo círculo de amizades, considerado o maior parteiro, em seu tempo” (1).
Quando diretor do Hospital Santa Izabel, criou um curso de enfermagem,  contratando enfermeiras no exterior.
Faleceu, acometido de um ataque do coração, em 20 de março de 1947.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1.       Feitosa, Gilson Soares – Discurso de Posse. Anais da Academia de Medicina da Bahia. Volume 13, junho. Salvador, 2004.
2.       Gouveia, Raimundo de Almeida –Discurso de Posse. Anais da Academia de Medicina da Bahia, Volume 8. Salvador, 1992.
                                                                                        

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