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By Ferramentas Blog

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

183- SERGIPE: JOSÉ DE BARRIS PIMENTEL

JOSÉ DE BARROS PIMENTEL – CANÁRIO DE SERGIPE, ROUXINOL DO BRASIL
 O ROUXINOL


Geraldo Leite

É de todos sabido que Armindo Guaraná elevou Sergipe, divulgando traços biográficos e a produção literária e científica de sergipanos ilustres.
Através do seu “Dicionário Biobibliográfico Sergipano”, homens como Tobias Barreto, Silvio Romero, Fausto Cardoso, Gumercindo Bessa, Martinho Garcez, João Ribeiro, Manoel Bonfim, Felisbelo Freire, Gilberto Amado, Jackson de Figueiredo, e muitos outros, conquistaram  o lugar merecido na memória nacional.
Prefaciando o “Dicionário, Biográfico de Médicos de Sergipe”, de autoria de Antônio Samarone de Santana, Lúcio Antônio Prado Dias e Petrônio Andrade Gomes, disse Luiz Antônio Barreto que “a grandeza intelectual de Sergipe suplanta a pequenez do seu território e que a autonomia do seu pensamento rompe com a submissão e a dependência que a história lhe impôs, no curso do tempo” (1).
Para aquele jornalista e escritor, o mostruário de Armindo Guaraná glorifica a diversidade intelectual dos sergipanos, notadamente dos esculápios, pois muitos médicos estão entre as personalidades  biografadas.
Do elenco de tão nobres personalidades, é justo destacar o Dr. José de Barros Pimentel, nascido em Maruim, a 17 de maio de 1817.
Seus pais foram D. Maria Victória de Almeida Barros e o Coronel José de Barros Pimentel (personalidade ilustre que teve importante papel nos acontecimentos que culminaram com a independência de Sergipe).
Estudou medicina em Paris, onde também realizou parte do curso de Direito e foi contemporâneo de outros ilustres brasileiros que estudaram na capital francesa: o Visconde de Sinimbu, o Conselheiro João Manuel Pereira da Silva e o famoso médico maranhense José da Silva Maia.
Recebeu o grau de doutor em medicina no ano de 1841.
Regressando ao Brasil, no ano seguinte, entrou nas lides políticas.
Foi Secretário do Governo Provincial e, logo depois, deputado à Assembléia Geral Legislativa do Império.
Exerceu o mandato de deputado por longo tempo. Nenhum outro parlamentar conseguiu  ser eleito tantas vezes. Tendo vencido as eleições para a legislatura de 1843-1844, foi reeleito para os mandatos de 1845-1847, 1857-1860, 1864-1866 e 1867-1870, além de, no interregno de tais mandatos, ser eleito tanto para  a Assembléia Provincial quanto para a Assembléia Estadual..
“Perfeito parisiense, vestido rigorosamente à moda do tempo, calças amarelas e colete de botões dourados, com um timbre de voz sonoro e um tanto estridente, fora apelidado  “o canário de Sergipe”, por causa da cor do traje e do som de sua palavra fácil e cadenciada” (Armindo Guaraná, obra citada).
Da mesma fonte é o registro seguinte: “Do grupo em destaque dos moços distintos da Câmara, diz Joaquim Nabuco no seu livro “Um estadista do Império”, referindo-se à sessão legislativa de 1843, “era o Benjamim da plêiade, lembrando Lord Randolf Churchil principalmente, exasperando o banco ministerial com seu talento, sua petulância, seus golpes pessoais. Assíduo freqüentador da tribuna, discutia com vantagem as diversas questões políticas, revelando no desenvolvimento de suas idéias a habilidade e critério de um argumentador consumado.”.
O deputado Ângelo Ferraz, futuro Barão de Uruguaiana disse, na sessão de 30 de dezembro de 1844, da Assembléia Nacional, que o reputava o rouxinol do Brasil (Ibidem).
Nos embates provocados pelos movimentos revolucionários de São Paulo e Minas Gerais, em 1842, pairando acima do exagero das emoções, mostrou ser um político conciliador e tolerante mas, em abril de 1864, por ocasião das depredações e atrocidades praticadas contra brasileiros que moravam no Uruguai, foi aguerrido e exaltado, concitando o Governo a declarar guerra àquela nação.
A República o encontrou em idade avançada e em pleno declínio de sua carreira política.
Homem de iniciativa, fundou, dirigiu o Banco da Bahia.
Foi sócio correspondente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e pertenceu a outras instituições.
Foi condecorado com o oficialato da Ordem da Rosa e colaborou com jornais de Aracaju e do Rio de Janeiro.
Faleceu na capital federal, no dia 6 de maio de 1893, com 76 anos de idade.

FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Guaraná, Armindo - Dicionário Biobibliográfico Sergipano. Rio de Janeiro, 1927.
MÉDICOS ILUSTRES DA BAHIA E DE SERGIPE
Biografias de médicos de Sergipe ............................................................. 183
Biografias de médicos da Bahia ................................................................ 417
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