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By Ferramentas Blog

quinta-feira, 21 de abril de 2011

VOCÊ SABIA? MÉDICOS BAIANOS TRATAM DOENÇA DE CHAGAS COM CÉLULAS TRONCO

MÉDICOS NA BAHIA TRATAM DOENÇA DE CHAGAS COM CÉLULAS-TRONCO




Células-tronco podem tratar pacientes que tenham a doença de Chagas na fase crônica da doença. Os pesquisadores descobriram que células-tronco retiradas da medula óssea do próprio paciente regeneram os tecidos lesados do coração.
Em entrevista à Rádio Nacional AM, o médico cardiologista do Hospital Santa Izabel, na Bahia, Ricardo Ribeiro, afirma que as p04 / 04 / 2005Médicos na Bahia tratam doença de Chagas com células-tronco
Células-tronco podem tratar pacientes que tenham a doença de Chagas na fase crônica da doença. Os pesquisadores descobriram que células-tronco retiradas da medula óssea do próprio paciente regeneram os tecidos lesados do coração.
Em entrevista à Rádio Nacional AM, o médico cardiologista do Hospital Santa Izabel, na Bahia, Ricardo Ribeiro, afirma que as pesquisas com células- tronco estão ajudando pacientes na fase terminal da doença. “Trinta pacientes foram transplantados com células-tronco de medula óssea e tiveram uma melhora de vida significativa”.
A melhora na qualidade de vida dos pacientes não indica cura porque o tratamento regenera o coração afeta pela doença. Segundo o cardiologista, 70% dos pacientes convivem com o protozoário Trypanosoma cruzi causador da doença. “Apenas 30% dos casos de doença de Chagas desenvolvem a doença na forma crônica. As pesquisas querem atingir esses casos”, diz Ribeiro.
Ele afirma o tratamento feito na Bahia também será levado para outras capitais do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. O cardiologista também explica que o transplante de células-tronco não poderão tratar pessoas contaminadas na forma aguda da doença, como as que ingeriram caldo de cana em Santa Catarina. “Esse acidente com o caldo de cana é a forma aguda da doença de Chagas, não tem nada a ver com a forma crônica.”(Agência Brasil)
Pesquisas com células- tronco estão ajudando pacientes na fase terminal da doença. “Trinta pacientes foram transplantados com células-tronco de medula óssea e tiveram uma melhora de vida significativa”.
A melhora na qualidade de vida dos pacientes não indica cura porque o tratamento regenera o coração afeta pela doença. Segundo o cardiologista, 70% dos pacientes convivem com o protozoário Trypanosoma cruzi causador da doença. “Apenas 30% dos casos de doença de Chagas desenvolvem a doença na forma crônica. As pesquisas querem atingir esses casos”, diz Ribeiro.
Ele afirma o tratamento feito na Bahia também será levado para outras capitais do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre. O cardiologista também explica que o transplante de células-tronco não poderão tratar pessoas contaminadas na forma aguda da doença, como as que ingeriram caldo de cana em Santa Catarina. “Esse acidente com o caldo de cana é a forma aguda da doença de Chagas, não tem nada a ver com a forma crônica.”(Agência Brasil)
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ENTREVISTA DO DR. RICARDO RIBEIRO DOS SANTOS
RICARDO RIBEIRO DOS SANTOS
Ricardo Ribeiro, da Fiocruz, fala sobre novas perspectivas da pesquisa com células-tronco em doenças degenerativas e sobre a discussão ético-religiosa em torno do assunto (foto: divulgação)
Por Washington Castilhos


Desde que foi aprovada a Lei de Biossegurança, que regulamenta as pesquisas com células-tronco de embriões humanos, o debate em torno do conceito de vida tem dividido opiniões. Os religiosos acreditam que ela começa na fecundação do óvulo pelo espermatozóide, enquanto que, para a maioria dos cientistas, a vida se inicia com a implantação do embrião dentro do útero.
Para Ricardo Ribeiro dos Santos, da Fundação Oswaldo Cruz, na Bahia, essa discussão é antiga e muito anterior à lei. “Esse conceito sempre será relativo”, afirma. Um dos pioneiros em pesquisas com células-tronco no Brasil, o pesquisador tem uma trajetória de 35 anos com estudos sobre doença de Chagas, a ponto de muito do que se sabe hoje em dia sobre os mecanismos da doença se deve a seu trabalho.
Há quatro anos, Ribeiro começou a trabalhar com células-tronco adultas, o que o levou, em 2003, a iniciar os primeiros transplantes dessas células em 30 pacientes chagásicos. “Houve uma melhora na qualidade de vida dos pacientes e não identificamos qualquer efeito colateral”, diz.
Os dados dessa primeira fase provaram que, além de seguro, o tratamento tem eficácia e permite que a doença entrasse no plano do Ministério da Saúde para outro projeto, dessa vez com 1,2 mil pacientes – o maior estudo já feito com células-tronco no mundo.
Paulista, formado em medicina pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1968, Ribeiro foi professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, até entrar para a Fiocruz do Rio de Janeiro, em 1989. Dez anos depois, transferiu-se para o Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz, da Fiocruz/Bahia, onde trabalha até hoje no Laboratório de Engenharia Tecidual e Imunofarmacologia.
Em entrevista à Agência Fapesp, o cientista fala sobre as novas perspectivas da pesquisa pré-clínica e clínica com células-tronco em doenças degenerativas, dos problemas para uso clínico de células embrionárias e sobre a discussão ético-religiosa em torno do assunto.


Agência FAPESP – Alguns especialistas sustentam que o Brasil precisa decidir qual é a sua definição para vida, para então poder avaliar até quando é possível interromper o desenvolvimento de um embrião humano para utilização em pesquisas com células-tronco. Como o sr. se posiciona nesse debate?
Ricardo Ribeiro dos Santos - Esse conceito será sempre relativo. Para a Igreja, a vida começa na fecundação. Esse conceito foi estabelecido quando não havia reprodução assistida. A maioria dos cientistas entende como início de vida a entrada do embrião no útero. Potencialmente, tudo é vida. Não temos que ser pragmáticos. O que tem que ser visto é a outra vida que será salva. Eu defendo a pesquisa. Muita gente achou que um monte de doentes seria curado no dia seguinte à aprovação da Lei de Biossegurança, mas essa não vai curar ninguém. Ela prevê o uso para pesquisa de embriões congelados por pelo menos três anos. O que acho estranho é que uma lei para uso de células-tronco embrionárias seja colocada numa mesma lei que prevê a implantação de soja transoceânica.

Agência FAPESP – Como está a pesquisa com células-tronco embrionárias? Quais as perspectivas para uso terapêutico?
Ribeiro - Poucos laboratórios começaram a trabalhar nessa linha. Existem linhagens de células que foram produzidas no exterior. Por agora, não vai sair nada para uso aplicado. Ainda existem riscos, obstáculos a serem superados.

Agência FAPESP – Quais são esses riscos?
Ribeiro - O maior deles, para o uso clínico dessas células, é a sua potencialidade para produzir tumores, como o teratocarcinoma. Outro problema é o controle e a restrição da diferenciação. Na medida em que a célula se diferencia numa célula adulta, ela é reconhecida como estranha e é rejeitada. Fundamentalmente, esses são os dois maiores obstáculos.

Agência FAPESP – Qual a saída para contornar esses obstáculos?
Ribeiro - A solução para a rejeição seria a clonagem terapêutica, que é diferente da clonagem reprodutiva de humanos ou animais. Na clonagem humana, transfere-se o núcleo de uma célula, que pode ser uma célula de um adulto ou de um embrião, para um óvulo sem núcleo. A clonagem terapêutica também é a transferência de núcleos de uma célula para um óvulo sem núcleo, com a diferença que esse óvulo não será transferido para um útero humano. Na transferência de núcleos para fins terapêuticos, as células são multiplicadas em laboratório para formar tecidos. No Brasil, a técnica não está liberada por lei. Na Coréia do Sul, já estão quase passando para uso clínico. Aqui, são várias correntes contra.

Agência FAPESP - Quais as novas perspectivas de terapia com células-tronco adultas?
Ribeiro - Vamos iniciar um programa inédito que é para doenças crônicas do fígado, para pacientes que estão na fila de transplante. Atualmente, você não consegue mais que 10% dos órgãos de que necessita. Devemos começar em breve, no máximo em dois meses. Também já experimentamos o tratamento celular em cinco casos de pessoas que sofreram derrame cerebral. Os resultados são promissores. O uso de células-tronco para doenças degenerativas do sistema nervoso trará grande benefício. E há menos de um mês iniciamos um projeto que envolve 1,2 mil pacientes que sofrem de problemas cardíacos. O projeto é dividido em quatro ramos: enfarte agudo, crônico, cardiopatia dilatada chagásica e cardiopatia dilatada não-chagásica.

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