http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1366&bih=587&gbv=2&tbm=isch&sa=1&q=engenho+castelo%2C+sergipe&btnG=Pesquisar&oq=engenho+castelo%2C+sergipe&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=s&gs_upl=15269l18149l0l20679l9l9l0l8l0l0l240l240l2-1l1l0
Nasceu no engenho Castelo, município de Santa Luzia, em 23 de agosto de 1861, sendo seus pais o Dr. José de Bittencourt Calazans e Constança Maria Amália.
Fez os preparatórios no Atheneu Sergipense e ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1883, sendo por ela graduado em 8 de dezembro de 1888, ocasião em que defendeu tese sobre “Formas Clínicas do Impaludismo Agudo”.
Formado, fixou residência na cidade de Belmonte, no Estado da Bahia, onde clinicou durante vinte e quatro consecutivos.
A partir de 1911, mudou-se para a capital baiana, deixou a clínica mas continuou ligado ao município de Belmonte, onde dedicou-se ao cultivo da lavoura.
Os últimos momentos de sua vida, passou-os em Feira de Santana, Bahia, onde veio a falecer no dia 19 de novembro de 1934.
Dória, Epifânio – Efemérides Sergipanas, Vol. 2- Aracaju, 2009.
Guaraná, Armindo - Dicionário Biobliográfico Sergipano . Rio de Janeiro, 1925
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Biografias de médicos de Sergipe .................... 91
Biografias de médicos da Bahia ..................... 409
Total ............................................................... 500
ENGENHO SÃO FÉLIX, VIZINHO AO ENGENHO CASTELO
http://crastosergipe.blogspot.com/2010/11/engenho-castelo.html
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O engenho Castelo localiza-se geograficamente vizinho à cidade de Estância e justaposto à cidade de Santa Luzia do Itanhi. Na propriedade do engenho havia escola, banda de música e até um jornal, "O Pirilampo", um importante ponto de referência cultural para a época. Em 1964 a usina Castelo encerra a sua produção. Em 1989 a propriedade é vendida, a qual atualmente é explorada com pecuária. "O conjunto arquitetônico do Castelo é um dos mais preservados da memória açucareira sergipana".p. 91.
Contudo, na análise de FREIRE (1995), no século XIX, com a decadência da indústria açucareira em Sergipe, face às condições desfavoráveis do mercado externo, leva alguns produtores de cana a desenvolverem as atividades algodoeiros e a dar destaque à pecuária que passam a ser as novas fontes de lucros em Sergipe.
Em meados do século XX, Sergipe iniciou um novo período de expansão da pecuária e das pastagens. Em Santa Luzia do Itanhi a efetivação desse novo período se processa paulatinamente, após a crise da cana de açúcar que se consolidou na década de 1960, com a substituição desta atividade pelo expansivo aumento da pecuária e da cocoicultura. A partir de 1980 ao lado do coco ocorreu também a invasão da citricultura, como uma forma de reduzir os impasses gerados pela queda da produção de cana de açúcar.
Como no final do século XIX a economia de Santa Luzia do Itanhi, girava basicamente em torno da cana de açúcar, a decadência deste produto no mercado e a crescente força política e industrial de Estância ingressou Santa Luzia do Itanhi na decadência e atraso.
Outro fato a ser considerado é que na análise da distribuição da terra do município, evidencia elevado índice de concentração de terra. É um município onde observa-se um número significativo de fazendas improdutivas. As atividades econômicas desenvolvidas nas antigas fazendas de cana de açúcar estão quase que inteiramente explorando a pecuária e a produção de coco, ambas as atividades exigem ocupação de grandes extensões de terra e dispensam de muita mão-de-obra.
Conforme LOUREIRO (1999), em 1812 a população era de 10.000 habitantes, sendo que 3000 eram brancos, 3.000 negros e 4.000 de diversas raças.
Hoje, os habitantes do município vivem da agricultura e pesca de subsistência, e do Fundo de Participação do Município que a prefeitura recebe. Santa Luzia, antes uma das maiores riquezas do País, é hoje um dos 50 municípios mais pobres do Brasil. Sua população estimada é de 15 mil habitantes, dos quais, 24% estão localizados na zona urbana, e os demais na zona rural. A área total do município é de 336,20 Km2, e, possui 51 povoados.
Segundo os autores SANTOS E OLIVA (1998), em Sergipe, foi no começo do século XIX que registrou-se o maior número de escravos no conjunto de sua população, o que coincide com a fase de mais rápido crescimento dos engenhos. Naquele período, os escravos chegaram a representar mais de 1/3 dos habitantes. E, apesar da sua participação nas mais diversas atividades, o trabalhador escravo foi principalmente utilizado nas tarefas agrícolas, especialmente naquelas relacionadas com o cultivo da cana e produção do açúcar.
Ainda conforme SANTOS E OLIVA (1998), a cana-de-açúcar exigiu braços, sendo crescente a importância do africano, como mão-de-obra escrava.
Segundo LOUREIRO (1999), "abolida a escravatura, ex-escravos optavam pelo trabalho junto aos antigos donos. Esse foi o caso, por exemplo, do Engenho Cedro, onde atuais trabalhadores ainda descendem de antigos escravos de outrora." p. 9.
Também deve ser considerada a contribuição biotipológica, ou seja, cor da pele, cabelos, nariz, lábios e olhos, legada pela larga miscigenação ocorrida desde os primórdios da colonização, bem presentes nos remanescentes de quilombolas, os quais, no município de Santa Luzia do Itanhi, migraram para localidades litorâneas, que compreendem a sede do município (representado por 3.324 habitantes), e os povoados: Rua da Palha (1.167 habitantes), Pedra Furada (519 habitantes), Crasto (1.571 habitantes), Cajazeiras, Pedra D'Água, Bode (554 habitantes), Taboa (397 habitantes) e Botequim (823 habitantes), totalizando 8.355 habitantes.
Para os povoados acima citados, em decorrência do histórico do município, da forte da existência de remanescentes quilombolas, no dia 12 de julho de 2005, através da Fundação Cultural Palmares, conforme Registro no Livro de Cadastro Geral nº 003, Registro 270, f.76, e Portaria nº 32 de 12 de agosto de 2005, publicada no Diário Oficial da União de 19 de agosto de 2005, foi reconhecida a Comunidade Remanescente de Quilombos do Território Luziense.
Desta forma, nota-se que aproximadamente 34% da população é reconhecida como remanescente quilombola, respaldando a importância da contribuição da mão escrava no comércio açucareiro, na constituição dos sete engenhos, bem como na permanência deste povo, contribuindo na formação biotípica, econômica e cultural do município de Santa Luzia do Itanhi.