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By Ferramentas Blog

terça-feira, 13 de novembro de 2012

GASTÃO GUIMARÃES



GASTÃO GUIMARÃES
 




Filho de pais pobres, Gastão Guimarães nasceu na cidade de Belmonte, em 1891.
Com dois anos de idade mudou-se, com sua família, para Salvador, onde fixou residência. Por ser uma criança pobre, nunca possuiu um brinquedo. Para contornar a situação, colecionava besouros e aranhas douradas e encantava-se com o original passatempo. Desde cedo, com apenas oito anos, dobrava jornais para ajudar a família.
Fez o curso primário no Colégio São José, cujo diretor era seu padrinho, João Florêncio Gomes. Naquela casa de ensino, foi colega do Monsenhor Mário Bahiense Pessoa da Silva, outro grande benfeitor de Feira de Santana.
Com pouco mais de quatorze anos, ainda de calças curtas, prestou concurso vestibular na Faculdade de Medicina da Bahia.
Formou-se em 1912, após ter a sua tese inaugural aprovada com distinção.
No ano seguinte, fixou residência em Feira de Santana e nessa cidade, terra que me adotou como se eu seu filho fosse, permaneceu até morrer de modo inesperado, em 24 de agosto de 1954.
Registrando o infausto acontecimento, o jornal  “A FOLHA DO NORTE”, de Feira de Santana, assim se pronunciou: “Médico, praticou a medicina como sacerdócio. Veio moço ainda, para Feira e aqui, já encanecido, atingiu o fim da existência tal como aqui chegara: desprendido e amigo, idealista e pobre, de si dando a todos o tudo quanto podia, para si pedindo, requerendo ou solicitando a quem quer que fosse. Professor, exerceu o magistério como apostolado. Beletrista e intelectual, foi brilhante nas múltiplas atividades do seu espírito de eleição. E, entretanto, o que nesse espírito adamantino mais refulgiu e cintilou foi a retidão das atitudes, a reserva de forças morais, a imponência de um caráter sem jaça, o senso de justiça, o amor à verdade. Um grande, preclaro e nobre cidadão”.
O “DIÁRIO DE NOTÍCIAS”, de Salvador, noticiando seu passamento, disse: “Gastão Guimarães, o médico por demais humanitário; o poeta das vlorosas, brilhantes  e saudosas páginas; o escritor das expressões corretas e compreensíveis; o político admirável, incansável e silencioso devoto de Deus; pai amigo e extremoso. Alma nobre, que jamais conheceu a violência e a injustiça. Mestre e amigo, de sadio intelecto e vontade heróica, que ao povo legou mil benefícios !!!”
Aqui deixo, para registro da posteridade, o exemplo de um cidadão perfeito, de um homem admirável, de um poeta invejado, de um mestre venerado e de um médico que foi um exemplo de bondade, de amor e caridade.
Morreu pobre. Feira de Santana, mediante subscrição pública, ofereceu à sua família uma residência própria.
 

domingo, 4 de novembro de 2012

MANOEL SALUSTINO NETO







MANOEL SALUSTINO NETO

 
Manoel Salustino Neto nasceu  no sítio Jurupaity, município de Currais Novos, Estado do Rio Grande do Norte, sendo seus pais Tomaz Salustino Gomes de Melo e Teresa Bezerra Salustino.
Sua família era numerosa, financeiramente abastarda e portadora de  elevados predicados  éticos e morais.
Aprendeu as primeiras letras com uma professora particular. Em seguida estudou no Colégio Diocesano de Santo Antônio, em Natal.
Em  1928, matriculou-se na Faculdade de Medicina de Recife onde cursou o primeiro ano do curso médico. Depois, transferiu-se para a Faculdade de Medicina da Bahia, pela qual foi diplomado no ano de 1933.
Formado, iniciou a vida profissional em Penedo, Alagoas, onde permaneceu por curto período de tempo.
Especializou-se na Universidade de La Plata, na Argentina.
Regressando ao Brasil, montou consultório em Lagarto, Sergipe.
De Lagarto mudou-se para Anápolis (hoje Simão Dias) onde contraiu casamento com Ana Carmem, neta de Ana Freire de Carvalho, baronesa de Santa Rosa.
Após o casamento, atendendo pedido de seu progenitor, voltou para o Rio Grande do Norte, a fim de gerenciar a Mina Brejui, de propriedade da família paterna.
Fiel ao seu amor à medicina, regressou, depois de algum tempo, para Simão Dias onde permaneceu até o final de sua vida.
Faleceu com 82 anos de idade, no dia 27 de abril de 1989, cercado de parentes, amigos e admiradores.