208- JERÔNIMO SODRÉ PEREIRA
CRISTO REDENTOR, ARACAJU (SERGIPE)
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Nasceu em Salvador, em 1839 e colou grau em doutor em Medicina, pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1861.
Era possuidor de invejável cultura médica e humanística.
Em 1893, foi Opositor, por concurso, da Secção de Ciências Médicas; em 1865, Lente de Fisiologia, também por concurso; de 1882 a 1883, Vice Diretor da Faculdade de Medicina da Bahia.
Participou da guerra do Paraguai.
Jubilou-se em 1885.
No Liceu Provincial da Bahia, foi Lente, por concurso, de História e Geografia, em 1873.
Na vida pública, ocupou vários cargos, inclusive a Presidência de Sergipe, cargo no qual foi empossado no dia 5 de julho de 1889. Foi o 54º e último presidente da Província: porque o 55º , Dr. Manoel Joaquim de Lemos chegou a Sergipe a 17 de novembro de 1889, depois de proclamada a República ( Liberato).
Além de Presidente de Sergipe, foi Deputado Provincial pela Bahia e Deputado Geral.
Pertenceu ao Conselho do Imperador e à Ordem da Rosa (no grau de Cavaleiro).
Esteve várias vezes na Europa, em viagens de estudo.
Diz Sá Oliveira: “O Conselheiro Jerônimo Sodré foi um professor brilhante e progressista, tendo dado novos rumos ao ensino da Fisiologia entre nós, e criado o respectivo gabinete” (2).
E mais: “Quando assumiu a Diretoria da Faculdade, na qualidade de Vice-Diretor, (1883), começou um vasto plano de reforma do velho Colégio dos Jesuítas, que teve continuação por parte de outros Diretores.
É considerado, perante a História, pelo valor da palavra, nobreza de atitudes e superioridade de espírito, um dos maiores abolicionistas do Brasil. Coube-lhe, com efeito, a glória de ter iniciado na Câmara, em 1879, quando Deputado Geral, em memorável e incisivo pronunciamento, o grande movimento de libertação dos escravos” (Ibidem).
Em discurso pronunciado na Câmara, em 5 de março de 1879, o deputado Jerônico Sodré Pereira, pronunciou a frase que se transformou na bandeira dos abolicionistas: “É preciso que o poder público olhe para a condição de um milhão de brasileiros, que jazem ainda no cativeiro !” (1)
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1. Abolicionismo – Disponível em jttp://webdigitaleducator.bl ogspot.com/2009/04/questoes-do-enem -1998-abolicionis mo.html.Acesso em 19 de maio de 2009.
2. Sá Menezes, Eduardo de – Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia, concernente ao ano de 1942. Salvador, 1992.
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