265- MÁRIO AUGUSTO JORGE DE CASTRO LIMA

265- MÁRIO AUGUSTO JORGE DE CASTRO LIMA

MÁRIO AUGUSTO JORGE DE CASTRO LIMA

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Nasceu em Salvador, em 19 de dezembro de 1924.

Concluídos os estudos preparatórios, ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, pela qual foi diplomado em 1948.

Em 1951, concluiu o curso de graduação em Química  e, em 1954, o de Farmácia, na mesma Universidade.

Em 16 de dezembro de 1948, diplomou-se em Medicina, quando proferiu a oração ao paraninfo da turma, Prof. Alício Peltier de Queiroz.

“Vocação inata de professor, culto, fluente, didata como poucos, voz empostada, ainda muito cedo, como acadêmico, ministrou curso pré-vestibular de invulgar aceitação” (Zezito).

E mais: “Austeridade, dedicação extrema, alta sensibilidade, cultura atualizada, ânsia da perfeição, obediência irrestrita aos ditames éticos, caracterizam a conduta ilibada e proficiente,em verdade exemplar, do médico Mário Augusto. Polemista, raciocínio pronto, sutil argumentador, por vezes mordaz, teve atuação marcante nos colegiados da Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública, da Universidade Federal da Bahia, Conselho Regional de Medicina, Conselho Técnico do Hospital Aristides Maltez, Conselho Administrativo da Liga Baiana de Combate ao Câncer, Conselho de Segurança Nacional e Conselho de Desenvolvimento Social, quer apresentando modelares pareceres, muitos dos quais ensejaram soluções, quer nas discussões plenárias mercê de notável poder dialético” (Ibidem).

Culto e inteligente, atuou como professor da Faculdade de Medicina da UFBa e da Escola de Medicina e Saúde Pública da Bahia, demonstrando em ambas as instituições de ensino, grande competência e dedicação.

Disse Jorge Cerqueira, Presidente do Conselho Regional de Medicina da Bahia: “Fui seu aluno no curso pré-vestibular, onde ministrava aulas sobre problemas de química. Na faculdade não o tive como professor, mas em palestras, conferências e discursos, pude constatar a sua cultura científica e humanitária e seus dotes de oratória, que o levaram a se tornar membro do Conselho Estadual de Cultura e da Academia de Medicina da Bahia” (2).

Do mesmo modo, assinalou Jecé Brandão, ex-presidente do CREMEB: “Ele era um homem de inteligência notável e tinha uma cultura médica enciclopédica, conhecia a medicina como poucos” (Ibidem).

Como homem público, demonstrou excepcionais qualidades e ocupou vários cargos administrativos, inclusive o de Ministro da Saúde.

Como Ministro, lutou pela regulamentação da lei que criou o Sistema Nacional de Saúde, foi um dos precursores do SUS (Sistema Único de Saúde), estendeu o programa especial de controle da esquistossomíase aos estados da Bahia e Sergipe e promoveu medidas eficazes no sentido da nacionalização da indústria farmacêutica.

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Ao assumir o Ministério da Saúde, proclamou:

“Ser ministro é ser corajoso, sem ser temerário;

Ser audacioso sem ser imprudente;

Ser tolerante sem ser transigente;

Ser sagaz sem ser ladino;

Ser perspicaz sem ser desconfiado de tudo e de todos;

Ser sensato sem se considerar o dono da verdade;

Ser fiel sem ser fanático;

Ser bondoso sem ser negligente;

Ser esperançoso sem ser leviano;

Ser caridoso sem ser desprendido;

Servir, sem se servir;

Pois bem, senhor ministro, sê-lo-ei !” (2)

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Faleceu em Salvador, no dia 22 de outubro de 2008.

FONTE BIBLIOGRÁFICA:

1.       Jornal do CREMEB – Profissionais gravam seus nomes na história da medicina baiana . Edição de bivenbro-dezembro 2008/janeiro 2009. Salvador, 2009.

2.       Neto, José Maria de Magalhães – Discurso de saudação ao Acadêmico Mário Augusto de Castro Lima . Anais da Academia de Medicina da Bahia. Volume 6, julho. Salvador, 1985.                                           

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