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By Ferramentas Blog

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

309- VIRGÍLIO CLÍMACO DAMÁSIO


                                 SINCERO AGRADECIMENTO AOS

MÉDICOS E ESTUDANTES DE MEDICINA DE

PORTUGAL PELO INCENTIVO AO

DESENVOLVIMENTO DESTE

BLOG

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Ficheiro:Pça. do Rossio - Lisboa (Portugal).jpg
LISBOA, PORTUGAL
PRAÇA DO ROSSIO
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AOS AMIGOS DA FRANÇA E DA
ITÁLIA, NOSSO ABRAÇO
VENEZA, ITÁLIA
MADRID, ESPANHA
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309- VIRGÍLIO CLÍMACO DAMÁSIO
VIRGÍLIO CLÍMACO DAMÁSIO
*
Nasceu em Itaparica, no dia 21 de janeiro de 1838.  Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1854, tendo por ela colado o grau de doutor em Medicina, em 1859.
Dentre seus colegas de turma, destacamos Domingos Carlos da Silva e Joaquim Augusto Muniz Barreto. O primeiro, foi Professor catedrático de Patologia Externa, foi o memorialista de 1874 e participou ativamente da Guerra do Paraguai. O segundo, foi o único estudante de medicina que mereceu elogio do Imperador, quando da visita imperial à Bahia, em 1859 (6).
A tese inaugural de Virgílio Damásio versou sobre o emprego terapêutico da eletricidade, e do galvanismo.
Em 1862, foi Opositor, por concurso, da Seção de Ciências Acessórias. Em 1876, Lente, por concurso, de Química e Mineralogia. Em 1882 requereu, e obteve, sua transferência para a cadeira de Medicina Legal.
Em 1883 a 1885, realizou viagem de estudos à Europa. Em seu regresso, apresentou valioso relatório sobre a organização do ensino médico nas principais Faculdades de Medicina da Europa, sobretudo da Alemanha. “Uma das causas, diz ele, da solidez e perdurabilidade do sistema universitário alemão, e que é um dos estímulos poderosos de sua uberdade científica, é a sua franca, mas bem entendida liberdade de aprender e ensinar, a sua “Lern und Lehrfreiheit” (4).
Na vida político-partidária, teve atuação de relevo. Foi o primeiro Governador da Bahia, embora tenha exercido o cargo por cinco dias; membro da Assembléia Constituinte Nacional e Senador Federal (cargo que exerceu durante 18 anos).
“Ao Conselheiro Virgílio Damásio coube a glória de dar nova e fecunda orientação aos estudos da Medicina Legal em nosso meio. Suas diretrizes no ensino exerceram bastante influência sobre os eminentes professores Nina Rodrigues e Oscar Freire. Os nomes desses três cientistas constituem um dos maiores motivos de justo orgulho para a Medicina Legal brasileira do passado. Republicano histórico,dirigiu (embora por pouco tempo) com reconhecido espírito progressista os destinos da sua terra numa fase política decisiva. Parlamentar indefesso da mesma forma sempre se mostrou, em servir à Pátria e à liberdade. O fato seguinte, narrado em palestra pelo ilustre Desembargador João Sales Moniz, é um atestado de bravura do notável mestre: Silva Jardim, na sua propaganda republicana, ao desembarcar nesta Cidade do Salvador, foi obrigado, pelas autoridades, a subir a antiga ladeira do Taboão(atual Silva Jardim) para chegar à Cidade Alta. Ao passar pela referida rua houve uma agressão, sendo feridas várias pessoas, inclusive o Cons. Virgílio Damásio, que, com o próprio sangue, escreveu um cartão de protesto ao então Presidente da Província” (5).
O grande brasileiro faleceu em 21 de novembro de 1913, deixando seu nome gravado na História da Bahia.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1.  Castro Lima, Humberto de – Medalha do Mérito Virgílio Damásio. Anais da Academia de Medicina da Bahia, Volume 11, dezembro. Salvador, 1998.
2.  Freire de Carvalho Filho, José Eduardo – Notícia Histórica sobe a Faculdade de Medicina da Bahia. Salvador, 1909.
3.  Loureiro de Souza, Antônio – Baianos Ilustres. Salvador, 1973.
4.  Pacífico Pereira, Antônio – Memória da Medicina Baiana. Salvador, 1923.
5.  Sá Oliveira, Eduardo de  - Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia, concernente ao ano de 1942. Salvador, 1992.
6.  Tavares-Neto, José – Formados de 1808 a 2008, pela Faculdade de Medicina da Bahia. Salvador, 2008.



                         APÊNDICE I
A “PRAÇA DA ACLAMAÇÃO”
   (Por Antonietta d´Aguiar Nunes)
PRAÇA DA ACLAMAÇÃO- SALVADOR, BAHIA,BRASIL
        PALÁCIO DA ACLAMAÇÃO
*
“Quando, na noite de 15 de novembro, chegaram telegramas noticiando a proclamação da República e a constituição do governo provisório no Rio de Janeiro, duas foram as linhas de propagação das novidades. De um lado, o comandante do 16º batalhão, coronel  Frederico Cristiano Buys, ao ser comunicado, procurou de umediato os membros do Partido Republicano (Virgílio Damásio, Cosme Moreira, Deocleciamo Ramos e outros) com os quais se reuniu na madrugada de 15 para 16 e decidiram aclamar a República na praça em frente do Forte de São Pedro, por temerem a reação do presidente da província (José Luiz de Almeida Couto, liberal da área agrária), e do Comandante das Armas (general Hermes Ernesto da Fonseca, monarquista declarado).
Comunicado isto a Benjamin Constant, este concordou com a aclamação, mas recomendou que Manuel Vitorino Pereira, liberal da ala urbana, e inclusive federalista, como os republicanos, fosse empossado governador. Por outro lado, Manuel Vitorino, quando recebeu telegrama anunciando o novo regime e que ele seria o governador do Estado, comunicou-se imediatamente com o presidente da província, que lhe afirmou não passaria o poder a um grupo de rebeldes e consultaria o comandante das Armas. Este assegurou-lhe apoio ao regime monárquico e o presidente convocou uma reunião dos líderes dos partidos liberal e conservador e mais pessoas gradas, em palácio, para o meio-dia do dia 16, na qual seriam dadas as notícias e deliberado a respeito. Nessa reunião decidiram apoiar o regime monárquico constituído, no que forma acompanhados  pela Câmara Municipal de Salvador, que se reuniu a seguir neste sentido.
Enquanto isto, o coronel Buys, Virgílio Damásio e demais republicanos proclamaram a república em frente ao forte São Pedro, às 13 horas do dia 16, mas não o governador, pois Manuel Vitorino a tomar posse em quartel e inclusive telegrafara ao Rio dizendo que, por não ser republicano histórico, sugeria o nome de Virgílio Damásio – seu colega professor da Faculdade de Medicina – para o posto.  À noite, os republicanos – entre os quais vários estudantes de medicina – saíram pelas ruas comemorando, sendo atacados pela chamada Guarda Negra, grupo de ex-escravos que defendiam o terceiro reinado em gratidão à princesa Isabel por ter assinado a Lei
Áurea. Houve tumultos, ameaçaram atacar a casa de Manuel Vitorino, mas a polícia finalmente interveio e pôs ordem na cidade.
No dia 17, já  sendo irreversível a mudança de regime e tendo praticamente todas as províncias aderido ao governo provisório, o comandante das Armas resolveu não resistir, o presidente da província abandonou o palácio da Vitória onde residiam os governadores baianos, e a república foi então reaclamada, às 16 horas, pelo mesmo Virgílio Damásio e coronel Buys, na mesma praça defronte do Forte São Pedro, que, por esta razão, passou a ser conhecida daí por diante como “Praça da Aclamação.
Nomeado  interinamente governador, Virgílio Damásio tomou posse no dia 18 na Câmara Municipal – que também aderiu à República—e telegrafou às diversas câmaras baianas que aceitassem o novo governo, o que gradativamente o todas foram fazendo. No dia 23, já tendo os líderes dos partidos liberal e conservador acatado o novo regime, Manuel Vitorino acedeu à insistência de Rui Barbosa para que assumisse o governo e tomou posse na Câmara Municipal, tendo Virgílio Damásio como vice-governador, no dia 23 de novembro”.

APÊNDICE II
A DEPOSIÇÃO DA DINASTIA IMPERIAL
(Por Jeronymo Ferreira Alves Netto)
TRONO DE D.PEDRO II
*
“O Governo Provisório, uma vez constituído, lançou uma proclamação anunciando a deposição da dinastia imperial e a extinção do regime monárquico e decidiu pelo exílio do Imperador e sua família. Assim procedendo, o novo governo entendia que a presença da família real no país era não só contraditória como também perigosa. Na realidade o que os republicanos temiam era uma possível reação monarquista, principalmente diante do inconformismo do marechal Hermes Ernesto da Fonseca, irmão de Deodoro e comandante das Armas da Província da Bahia, fiel monarquista e amigo pessoal de D.Pedro II, diante dos acontecimentos.
Por tudo isto, decidiram também mais tarde que a partida do Imperador e sua família fosse feita o mais rápido possível, antes do alvorecer do dia 16.
A intimação do Governo Provisório foi confiada aos cuidados do major Frederico Solon Sampaio Ribeiro que, acompanhado por três oficiais de patente inferior, a entregou ao Imperador.
Cerca de uma ora mais tarde a resposta de Sua Majestade, na qual prometia partir com toda a sua família: --“... cedendo ao império das circunstâncias”, foi encaminhada ao governo republicano pelo mesmo Solon.
D. Pedro viajou para o exílio sem desgosto, manifestado apenas pela precipitação do embarque. “Não sou negro fugido”, diria ele na oportunidade, não se conformando com a hora e a clandestinidade do mesmo. Entretanto, depois de ouvir as ponderações que lhe foram feitas pelo almirante Jaceguai, consentiu em partir àquela hora “para evitar conflitos inúteis”.
“Esse embarque noturno, incerto, dúbio e furtivo, transformou um incidente que deveria se realizar num plano estritamente político num ato vergonhoso”, sem falar no perigo a que os exilados ficaram expostos ao embarcar numa noite chuvosa, escura, em que a perspectiva de um acidente esteve sempre presente.. Neste sentido, o Cel. Mallet, encarregado do embarque confessaria mais tarde sua preocupação e angústia com um possível desastre com o Imperador ou um de seus familiares”.







APÊNDICE III
O EXÍLIO (I)
(Por Jeronymo Ferreira Alves Netto)
ENTREGA DA CARTA DE DEPOSIÇÃO E EXÍLIO
*
“ Os membros da Imperial Família foram portanto embarcados na corveta Paraíba, onde ficaram sob a vigilância da guarnição de bordo, até serem transferidos para o vapor Alagoas que os conduziu à Europa.
Até deixar as águas territoriais brasileiras, o Alagoas foi comboiado pelo cruzador Riachuelo, pois havia o receio que D.Pedro II tentasse desembarcar em algum ponto do litoral, fato que provocou um clima de aflição na tripulação. No mais, a viagem transcorreu calma e tranqüila.
Após quatorze dias de viagem, o Alagoas aportou em São Vicente, uma das ilhas de Cabo Verde, para reabastecer. Ali, os exilados desceram a terra e tiveram a oportunidade de despachar volumosa correspondência para o Brasil, França e Portugal, inclusive uma carta do Imperador a seu procurador no Brasil, desmentindo a notícia de que aceitara a ajuda de custa de cinco mil réis, que o Governo Provisório da República decidira conceder-lhe, para facilitar sua instalação  na Europa.
“Não receberei, bem como minha família, senão as dotações e mais vantagens a que temos direito pelas leis, tratados e compromissos existentes: e, portanto, se tiver recebido aquele quantia, deverá restituí-la sem perda de tempo...”, escreveu na oportundade”.


APÊNDICE IV
O EXÍLIO (II)
(Por Jeronymo Ferreira Alves Netto)
*
“Dias depois, chegaram a Lisboa onde permaneceram cerca de quinze dias até se transferirem para a cidade do Porto. Ainda em Lisboa, a primeira preocupação de D. Pedro II foi visitar o túmulo do pai, na Igreja de São Vicente de Fora. Nos restantes dias que ali permaneceu visitou escolas superiores, associações científicas, recebeu visitas, sendo nestas ocasiões sempre aclamado e respeitado.
D. Pedro II, não querendo perturbar com sua presença as festas da coração do Rei D. Carlos, seu sobrinho, decidiu, após passar alguns dias em Lisboa, seguir para a cidade do Porto.
Lá chegando, o Imperador iria viver um momento de grande aflição, angústia e pesar, com o falecimento da Imperatriz, ocorrido em 28 de dezembro de 1889. O estado de saúde de D. Teresa Cristina vinha se agravando desde a partida do Rio de Janeiro, onde se mostrara profundamente abalada com os acontecimentos que culminaram com a mudança de regime político.
O corpo da Imperatriz, depois de embalsamado e velado foi transportado para Lisboa e depositado no Panteão da Igreja de São Vicente de Fora.
Passados alguns dias, a Família Imperial transferiu-se para a França, onde D. Pedro II fixou residência em Cannes, ali vivendo com dignidade, mas de uma maneira bem modesta, realizando pequenas viagens, a passeio ou para tratamento de saúde e dividindo seu tempo entre amigos, os livros e as reuniões dos institutos literários e científicos a que pertencia.
Todavia, por onde passava era sempre alvo de calorosas manifestações de admiração e apreço, fato que confirma o prestígio que continuava desfrutando na Europa.
Neste sentido, é interessante lembrar o testemunho de Pires Brandão quando, juntamente com o Conselheiro Silveira Martins, acompanhava o Imperador a um concerto na cidade alemã de Baden-Baden. Disse ele: Quando D. Pedro II apareceu no recinto, todos se levantaram ao mesmo tempo e, o maestro da orquestra veio ao  encontro e fez-lhe a entrega do programa do concerto. Neste momento D. Pedro II, virando-se para Silveira Martins, pronunciou: “—Isto não é feito a Jim, mas ao nosso Brasil”.








APÊNDICE V
O EXÍLIO (III)
(Por Jeronymo Ferreira Alves Netto)
D.PEDRO II E A PRINCESA ISABEL (NO EXÍLIO)

*
“Seu interesse pelos estudos era tal, que apesar de seu precário estado de saúde, tomava lições de línguas semíticas e ocupava-se da impressão de umas traduções hebraicas provençais, publicadas mais tarde.
Entretanto, sua saúde tornava-se cada vez mais precária, apesar da dedicação dos médicos que o atendiam, sobretudo do Conde da Motta Maia e dos doutores Charcot e Bouchard. Sentindo o fim próximo, redigiu o Imperador sua Fé de ofício, “documento da mais alta elevação moral” pelo qual se confessava à sua própria consciência de homem e de Chefe de Estado.
No outubro de 1891, achava-se em Paris, hospedado no Hotel Bedford, quando na tarde de 23 de novembro, para não faltar a seus deveres de sócio da Academia de Ciências, que se reunia para a eleição de um novo membro, a ela compareceu, apesar das condições do tempo naquela tarde não serem recomendáveis a ma pessoa adoentada. Ao terminar a sessão, saiu em um carro aberto para um longo passeio pelos bosques de St. Cloud.
Em conseqüência foi vitimado por uma gripe que não tardou, devido a debilidade do seu organismo, a evoluir para uma pneumonia.
Os médicos que o assistiam envidaram todos os esforços no sentido de debelar a doença mas seu estado de saúde se agravou e ele faleceu aos vinte minutos do dia 5 de dezembro de 1891.
O governo francês, na pessoa do seu presidente, o republicano Carnot, rendeu honras imperiais aos restos mortais de nosso Imperador, ao contrário do governo republicano do Brasil que sob o pretexto de “evitar descabidas revivescências do espírito monárquico” resolveu abster-se de tomar parte, oficialmente, nestas manifestações de pesar.
A imprensa francesa, através de seus mais prestigiosos órgãos, realizou um ampla cobertura sobre a morte do Imperador e de seu solene enterro, ressaltando, na oportunidade, suas virtudes, sua vasta cultura e, principalmente, seus dotes políticos.
Após as homenagens prestadas na França, o ataúde que conduzia os restos mortais de D. Pedro II foi levado a um trem especial que o conduziu a Lisboa.
Em Lisboa, após a celebração das exéquias na Igreja de S. Vicente de Fora, pelo Cardeal de Lisboa e 12 bispos, foi o Imperador sepultado ao lado da Imperatriz D. Tereza Cristina.
Em 1921, os despojos imperiais foram transladados ao Brasil pelo encouraçado São Paulo, que atracou no Rio de Janeiro por volta das 15 horas do dia 8 de janeiro.
Após o cerimonial de praxe foram os restos mortais do Imperador e da Imperatriz sepultados, provisoriamente, na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro,  já que em 5 de dezembro de 1939, seriam transferidos para Petrópolis, onde repousam no Panteão da Catedral de São Pedro de Alcântara”.
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