MÁRIO CARVALHO DA SILVA LEAL
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1886. Sua permanência na cátedra foi breve, pois faleceu em 1890.
O segundo foi o Dr. João Tillemont Fontes, oriundo, tal como o antecessor, da Clínica Médica. Notabilizou-se pela luta em prol da reforma do Hospício São João de Deus. Permaneceu como catedrático durante quatorze anos.
Sucedeu-o Dr. Luiz Pinto de Carvalho.
Disse Nelson Pires: “O Professor Luiz Pinto de Carvalho foi professor emérito, orador fluente, conferencista primoroso, jornalista e polemista de escol, membro da Academia de Letras da Bahia, paladino certo de todas as campanhas da Faculdade, e, talvez, a inteligência mais polimorfa, arguta e robusta de toda a série”.
O quarto foi ocupante da cadeira de Psiquiatria foi o Dr. Mário Carvalho da Silva Leal. Aprovado no concurso realizado em 1907, só conseguiu assumir a cátedra em 1914. O Professor Mário Leal ficou longos anos como catedrático, só saindo em 1946.
Portador de rara inteligência, era benévolo com os estudantes e não controlava, como deveria, a frequência em sala de aula. Suas lições, todavia, eram atraentes.
Alguns médicos famosos foram seus discípulos, destacando-se, dentre eles, Arthur Ramos.
Comentava-se, diz Ib Falcão, “que o Professor Mário Leal tinha uma excentricidade: vinha caminhando desde o bairro onde morava, a Barra, até a Faculdade do Terreiro de Jesus, e, em cada esquina, comprava, primeiro um charuto, depois uma caixa de fósforo” (2 ).
Muito afável com seus discípulos e grande amigo do Prof. Estácio de Lima, notabilizou-se, durante o longo período em que exerceu a cátedra, pela eloqüência, pela lisura pessoal, pelo pleno domínio da psiquiatria, pela simplicidade e lhaneza do trato.
A respeito do Prof. Mari o Leal, disse Sá Oliveira: “Se as musas nunca fazem mal aos doutores, conforme o dizer textual da sentença vulgarizada, menos ainda a eloqüência que pode prender o auditório e acordas as emoções. Quem duvidar, assista às prelações elegantes de Mário Leal, o psiquiatra insigne, que diante de um paralítico geral, arruinado em todos os processos mentais, não se transvia da trilha das expressões mais ricas, nem se descura de tirar lições sociais enérgicas” (3 )
Faleceu em Salvador no início da década de 1950.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1. Puccini, Walmor J.- História da Psiquiatria no Brasil e na Bahia. Disponível em http://www.polbr.med.br/ano04/wal0904.php. Acesso em 19 de novembro de 2009.
2. Falcão, Ib Gatto – A Faculdade de Medicina da Bahia na década de 1030.Disponível em http:WWW.gmbahia.ufba.br/índex.php/gmbahia/a
rticle/viewFile/62/56. Aceso em 19 de novembro de 2009.
3. Sá Oliveira, Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia, concernente ao ano de 1942. Salvador, 1992.
Disse Walmor J. Piccini que a história da psiquiatria na Bahia poderia ser contada através dos ocupantes da cátedra de Psiquiatria da Faculdade de Medicina (1).
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