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By Ferramentas Blog

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

195- JOAQUIM MONTERIRO CAMINHOÁ (JOAQUIM CAMINHOÁ)

195- JOAQUIM MONTEIRO CAMINHOÁ
(JOAQUIM CAMINHOÁ)
JOAQUIM MONTEIRO CAMINHOÁ
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Nasceu em Salvador, a 21 de dezembro de 1836, sendo seus pais Manuel José Caminhoá e Luiza Monteiro Caminhoá.
Doutorou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia, em 1858, quando defendeu a tese “A febre amarela e o cólera morbus serão provenientes de um envenenamento miasmático?”
No ano imediato, ingressou no Corpo de Saúde da Armada, prestando serviços como segundo cirurgião 2º tenente, e posteriormente como cirurgião de divisão graduado, e primeiro cirurgião 1º tenente, em hospitais e navios.
Participou da Guerra do Paraguai, e após a guerra reformou-se como primeiro cirurgião 1º tenente médico, quando foi agraciado com as medalhas da Campanha Oriental de Paissandu, da rendição das forças paraguaias em Uruguaiana , e a da Campanha do Paraguai.
Em 1861, concorreu, com êxito, à vaga de opositor da Seção de Ciências Acessórias da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Em 1864, submeteu-se à eleição para a Academia Imperial de Medicina, tomando posse  em 5 de julho de 1869
Prestou grandes serviços por ocasião da epidemia de cólera-morbus, em 1867, a qual assolou o Recôncavo Baiano, Alagoas e Sergipe.
Em 1871, após brilhante concurso, foi nomeado Lente de Botânica e Zoologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendendo a tese “Das plantas tóxicas do Brasil”.
Criou, às suas próprias custas, o gabinete e o ervário da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e é considerado um dos grandes botânicos do Brasil.
Em 1872, fundou a Associação Brasileira de Aclimatação, da qual foi secretário e diretor da seção de Botânica.
Em 1873, foi membro adjunto da comissão brasileira na Exposição Universal de Viena, onde apresentou estudos sobre botânica médica.
Foi Professor de História Natural do Colégio Pedro II e pertenceu ao Conselho de S.M. d. Pedro II.
É de sua autoria o compêndio “Elementos de Botânica Geral e Médica”, publicado em 1877, obra em três volumes, no qual o A. previu a descoberta da penicilina (2). “No segundo volume de seu livro, acima citado, Caminhoá refere-se ao papel dos cogumelos na decomposição de compostos orgânicos e na destruição de materiais em putrefação, de modo que o cheiro infecto não se produz em via de regra, ou produz-se em proporções infinitamente menores” (Ibidem). Na  opinião de Artur Neiva essa obra é o melhor trabalho sobre botânica, escrito em lingua vernácula.
Outras obras de Caminhoá continuam inéditas, tal como o seu “Dicionário de Botânica”.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 28 de novembro de 1896. O “Jornal do Comércio”  registrou o acontecimento, afirmando: “Foi ele um dos mais notáveis botânicos brasileiros, Autor de trabalhos que serviram a gerações de estudantes e ainda constituem, pela sua minúcia, precisão e maneira atraente de exposição, uma das mais eficientes contribuições para o conhecimento seguro das ciências, particularmente no Brasil” (2).

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1.       Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1930). Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz- Disponível em http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br. Acesso em 3 de setembro de 2009.
2.       Lacaz, Carlos da Silva – Vultos da Medicina Brasileira. São Paulo, 1966.

                                                                              


"ELEMENTOS DE BOTÂNICA GERAL E MÉDICA"
JOAQUIM MONTEIRO CAMINHOÁ

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