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By Ferramentas Blog

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

230- JONATHAS ABBOTT

JONATHAS ABBOTT

JONATHAS ABBOTT

*

Nasceu em Kennington, em Londres, em 6 de agosto de 1796.  
Aos 16 anos, partiu para o Brasil, aportando na cidade do Salvador.
Em 1916, ingressou no Colégio Médico Cirúrgico da Bahia,  com 20 anos de idade.
Concluído o curso no Colégio Médico Cirúrgico, recebeu o título de Cirurgião Aprovado, podendo exercer, apenas, a cirurgia.
Em 1821, passou a Cirurgião Formado, com direito de exercer a Cirurgia e a Medicina.
Iniciou, em 1825, o magistério, como lente substituto da cadeira de Anatomia. Em 1827, foi nomeado lente substituto da cadeira de Operações e Partos e, no ano seguinte, lente substituto das cadeiras Cirúrgicas.
Em 1828, foi promovido a lente proprietário da cadeira de Anatomia Geral e Descritiva, na vaga de Dr. José Soares de Castro.
Em março de 1830, foi autorizado, por concurso, a exercer a Cirurgia e a Medicina, em todas as partes do Império do Brasil.
No mesmo ano, partiu para a Europa, para freqüentar aulas em Londres, Paris e Itália.
Em 26 de agosto de 1831, recebeu o título de doutor em Cirurgia, na Universidade de Palermo.
Retornou para a Bahia, onde chegou em 18 de agosto de 1832.
Foi nomeado Cirurgião da Santa Casa da Misericórdia, da qual foi cirurgião chefe, algum tempo depois.
Em 1835, após defesa de tese, recebeu o grau de doutor em Medicina, pelo Colégio Médico Cirúrgico da Bahia.
Em  janeiro de 1838, organizou a repressão á Sabinada e, em  março de 1842, recebeu o Hábito da Imperial Ordem de Cristo, no grau de Cavaleiro.
Em 1844, foi nomeado presidente do Conselho de Salubridade.
Em 9 de dezembro de 1848, foi honrado com a Ordem da Rosa, no grau de Cavaleiro (passando a Oficial, no ano seguinte).
Em 1849, foi eleito para a presidência da Academia de Ciências Médicas da Bahia.
Em 1851, recebeu a Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, no grau de comendador (Portugal); em 1852, a Ordem de Vasa (Suécia) e, em 1855, foi admitido como sócio correspondente da Academia Médico Cirúrgica de Gênova.
Muitas outras honrarias lhe foram conferidas, antes  e depois de ser jubilado, em 28 de junho de 1961.
É autor de mais de 30 trabalhos, muitos deles publicados após a sua morte, ocorrida em 8 de março de 1868, na capital da Bahia.
A respeito do Conselheiro Abbott, disse Sá Oliveira: ”Tão interessado pela ciência quanto pela arte, foi um apaixonado colecionador e organizou, além de um museu anatômico, o mais importante do país, em seu tempo, uma preciosa coleção de quadros – a conhecida galeria Abbot, com 391 peças, discriminadas em catálogo publicado, graças aos esforços do sábio Pirajá da Silva”.
Foi um grande cirurgiã, e um dos maiores anatomistas que o Brasil conheceu.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1.                Abbott Galvão, Fernando – O Diário de Jonathas Abbott. Rio de Janeiro, 2007.
2.                Eduardo Freire de Carvalho, Eduardo – Notícia Histórica sobre a Faculdade de Medicina da Bahia. Salvador, 1909.
3.                Lima, Lamartine – Anatomia do viver de um baianíssimo inglês. Jornal A TARDE, edição de 17 de novembro de 2007.
Salvador, 2007.UA
4.                Sá Oliveira, Eduardo de – Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia, concernente ao ano de 1942. Salvado


                                          
                              APÊNDICE

     O DIA EM QUE ENCONTREI  JONATHAS ABBOTT   
SOLAR JONATHAS ABBOTT
RUA 28 DE SETEMBRO (SALVADOR, BAHIA)
(ACERVO DA ESCOLA DE BELAS ARTES DA UFBA)
                                                                      
                             *
"Uma tarde quente, em Salvador. Lá estava ele sentado em pleno Pelourinho. Parecido com meu pai, incrivelmente parecido.
 Havia ouvido histórias de família, que relatavam a respeito do primeiro Abbott no Brasil que originara o meu próprio nome. Entre outras histórias algumas davam conta de que ele havia fundado a primeira faculdade de medicina do Brasil e o primeiro museu de arte do país com o pai do Castro Alves e do Rui Barbosa. Meia verdade.
Jonathas Abbott nasceu na Inglaterra e veio para o Brasil como cavalariço de um médico baiano. Começou na Faculdade de Medicina (a primeira do Brasil e que fica no Pelourinho) como servente e chegou a vice-diretor sendo titular da cadeira de Anatomia. Considerado o primeiro colecionador de arte do Brasil, seu acervo deu origem a um dos primeiros museus de arte brasileiro, o da Bahia em 1918 (a informação está na capa do site do museu de arte da Bahia - http://www.funceb.ba.gov.br/mab/menu.htm).
Junto com o pai do Rui Barbosa e o pai do Castro Alves fundou e presidiu em 1856 a Sociedade de Belas Artes, primeira associação de artes do Brasil. Sua coleção particular de mais de 400 obras, sendo muitas delas oriundas da Europa, originou o museu baiano.
Pois bem, entre tantas histórias de família sobre Jonathas Abbott resolvi arriscar em 2003 e visitar a faculdade de medicina da Bahia no Pelourinho. Azar, estava de greve e não nos deixaram entrar. Eu, Roberto Franskowiak e o amigo Jairo Geiger, na época representante da Plug In na Bahia, não desistimos. Ao descobrir que quem queria visitar Jonathas Abbott era o próprio (ƒº) o guarda de plantão abriu as portas. Não consegui visitar o Gabinete Abbott, nome que foi dado ao museu de anatomia, que ele fundou e presidiu. Mas acabei encontrando Jonathas no pátio numa estátua de tamanho natural que anos depois foi copiada em molde de gesso.
A história se seguiu e Jonathas Abbott filho, médico formado na Bahia se mudou para São Gabriel no Rio Grande do Sul gerando o primeiro e único tronco dos Abbott no país. Seu filho Fernando Abbott, cujo irmão João dá nome a rua do bairro Petrópolis em Porto Alegre, foi presidente do Rio Grande do Sul e gerou meu avô, Er Pereira Abbott.
Bem, esta coluna mais do que tudo é um registro rápido de uma história familiar. Meu nome não tem H por causa da ditadura militar que entre outras bobagens extinguiu nomes “importados” no Brasil.
E acaba de ser lançado no Brasil “O diário de Jonathas Abbott” , pela editora Francisco Alves, livro que conta especialmente suas aventuras na Europa quando, já um médico conhecido, volta ao continente de origem e obtém o doutorado na universidade de Palermo.
O autor do livro? O Embaixador Fernando Abbott Galvão, do Rio Grande do Norte"
Curioso reencontro de sobrenomes com este colunista, Jonatas Galvão Abbott, cujo nome é justamente em homenagem ao primeiro Abbott no Brasil, um improvável cavalariço inglês que prosperou, empreendeu, lecionou e ajudou a estruturar a Arte no país... "
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NOTA SOBRE O AUTOR: Jonatas Galvão Abbott é diretor de Comercial e Marketing da Dinamize, fotógrafo, autor de dois cases vencedores do Top de Marketing da ADVB, em 2003 e 2006. 

                                                                                                                   
                
   (UMA DAS  ESTÁTUAS É A DE JONATHAS ABBOTT)
              CORREDOR DA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA 

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