150- GEORGE DE ASSUNÇÃO ALAKIJA
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George de Assunção Alakija, um dos maiores é um dos mais renomados psiquiatras da Bahia, foi o precursor da utilização – entre nós -- da hipnose, como recurso terapêutico.
Em 2004, lançou seu livro sobre a história da Psiquatria Baiana, intitulado “ A Casa da Lapinha e outras historias”.
Disse Lamartina Lima, no prefácio do referido livro: “O Dr. George Alakija, mais antigo e dos mais representativos entre os psiquiatras em exercício na Bahia, condecorado com a Ordem do Rio Branco pelos seus altos méritos culturais e pelo exemplo na integração étnica brasileira e nas relações internacionais com países africanos, há mais de vinte anos tomou na cadeira sob a égide do grande Juliano Moreira, conterrâneo e mestre da especialidade, no Instituto Bahiano de História da Medicina”.
O Instituto Bahiano de História da Medicina não foi a única instituição que Alakija honrou com sua presença. Várias outras instituições científicas e culturais, do Brasil e do exterior, contaram com sua participação, sempre brilhante e efetiva.
Uma dessas instituições foi o Sanatório Bahia, fundado por Luiz Cerqueira em 1944, no Largo da Lapinha número 27. Daí o cognome “Casa da Lapinha”. Diz Walmor J.Piccinini, cujo nome dispensa comentários, que “Alakija dedicou seu livro á família em primeiro lugar e a três amigos que trata carinhosamente de o louco, o homem do morro e o conde. São eles o hoje admirados psiquatras brasileiros Luiz Cerqueira, Nelson Pires e Álvaro Rubim de Pinho”.
O livro referido, como tudo o que Alakija produziu, é digno de merecidos elogios.
O Sanatório Bahia contava com trinta leitos e o lema defendido por Luiz Cerqueira era “o doente mental está sempre em primeiro lugar”. O primeiro estudante que ingressou no Sanatório, como interno, foi Álvaro Rubim de Pinho. O segundo, foi George Alakija.
Muito embora a família de Alakija residisse a dois passos do Sanatório, o jovem estudante morava no Sanatório, dedicando á instituição todo o entusiasmo. Mesmo depois de formado, o que ocorreu em 1946, George de Assunção Alakija continuou naquela casa de saúde, exercendo inclusive suas atividades privadas.
A partir do Sanatório Bahia, Alakija iniciou fulgurante carreira, como psiquatra, psicólogo, homem de letras, diplomata e grande pioneiro do hipnotismo como recurso terapêutico.
Para ele, “o transe é um estado de consciência em que a pessoa não está dormindo nem acordada, é um estado intermediário entre o sono e a vigília”. A hipnose, dizia Alakija, é, ela própria, um forma de transe. E mais: “Entre o estar consciente e o inconsciente há uma série de estados intermediários, entre eles o transe. O indivíduo “foge” do que está ao redor e entra em um estado de abstração”.
O grande psiquiatra faleceu em 11 de junho de 2005, deixando em torno da sua pessoa uma eterna lembrança.
Tem como obter informações mais detalhadas sobre o médico?
ResponderExcluirDr° George de Assunção Alakija... Só a lembrança
Excluirpermite ao ser humano compreender a sua existência.
Sou Gicele Alakija, filha de Dr George Alakija. Uma amiga me encaminhou o link por esses dias, informando que o assunto circulou no grupo médicos pela democracia. Coincidentemente só hoje que papai completaria 99 anos, se estivesse vivo, foi que lembrei que ainda não tinha lido o material. Foi bom ver a publicação, ele realmente merece estar nesse lugar de destaque, pois sempre foi muito bom médico, pai, esposo, amigo e um lindo ser humano.Com certeza está em um bom lugar. Vou só aproveitar para fazer uma correção no sobrenome dele. O correto é Assumpção e não Assunção.
ResponderExcluirParteira de minha mãe e tias, D.Ines honrou a profissão.
ExcluirIndicada pela bisavó ,também parteira, e pelo meu avô, Dr.Carlos Leony.
Morávamos no mesmo bairro.
Eu levei em 1974 minha mãe para consumirá-lo e após a consulta ele marcou para começar a psicoterapia oito dias depois. Horas depois ela saiu da vida dormindo. Tenho certeza que ele teria feito muita diferença na vida dela.
ResponderExcluirFui tratado pelo Dr. George Alakija nos anos 70, a quem devo profundo reconhecimento.
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