English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
By Ferramentas Blog

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

102- DEOCLECIANO RAMOS

102- DEOCLECIANO RAMOS




*


Nasceu em Salvador, no ano de 1859.
Colou o grau de doutor em Medicina, em 14 de dezembro de 1881, pela Faculdade de Medicina da Bahia.
Adjunto de Clínica Cirúrgica, por concurso, em 1883. Aprovado, em concurso, para lente catedrático de Clínica Obstétrica e Ginecológica, no ano de 1885, porem não nomeado. Lente interino de Patologia Externa (em 1886) e de Clínica Cirúrgica (em 1889). Lente substituto da 8ª seção, em 1891. Lente interino de Obstetrícia, em 1891. Catedrático de Clínica Obstétrica, em 1897.
Autor da Memória Histórica da Faculdade de Medicina, referente ao ano de 1901.
Diretor da Faculdade, nos anos de 1913 e 1914.
“O Dr. Deocleciano foi um espírito dinâmico, assim sua gestão caracterizou-se por uma série de úteis iniciativas e algumas realizações. Todavia, não sendo fornecidas à Faculdade as verbas prometidas, até pelo contrário, sendo submetidas a duras reduções anti-patrióticas (os célebres cortes de todos os tempos) aquelas que deveriam, pelo menos, ser respeitadas, não pode ele executar grandes melhoramentos que planejara, como a construção de um hospital para as clínicas, cujas plantas e orçamento, pessoalmente apresentara ao Ministro do Interior” (3)
Caso fossem autorizadas as verbas solicitas, a Bahia teria, em 1913, o primeiro hospital-escola do Brasil.
Republicano convicto, foi Deocleciano Ramos o autor da Bandeira da Bahia. 
“A idéia da Bandeira que de “fato” representa o Estado da Bahia, nasceu com o Dr. Deocleciano Ramos, professor da Faculdade de Medicina, quando, em reunião do Congresso Republicano realizado na cidade do Salvador, em 25 de maio de 1889, submeteu à aprovação daquele conclave a Bandeira do Partido. A partir deste momento, quer pelo uso ou costume, consagrou-se como sendo o pavilhão do Estado da Bahia (4).
Todavia, foi somente em 1960 que o governador Juracy Magalhães, pelo Decreto número 17628, restabeleceu, de modo oficial, o uso em caráter obrigatório, da Bandeira da Bahia, até então em uso, nas paradas militares e escolares.
Faleceu em 1924.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1.     Ambiente Brasil – Disponível em http://www.ambientebrasil.com.br/com
.br/bandeirabahia.htm. Acesso em 4 de fevereiro de 2009.
 2.  D’Aguiar Nunes, Antonietta –  Disponível em http://www.faced.ufba.br/
      noticias/artigo_antonietta_171101.html.      Acesso em 4 de fevereiro de 
      2009.
 3.  Sá Oliveira, Eduardo – Memória Histórica da Faculdade de Medicina da      
      Bahia, concernente ao ano de 1942. Salvador, 1992.
4.     Teixeira, Antenor – Os Símbolos na Consciência Cívica de um Povo. Di
m. Acesso em 4 de fevereiro de 2009.




APÊNDICE i
A BANDEIRA DA BAHIA





*


Com a Proclamação da República e aprovação da Constituição de 1891, às antigas províncias, transformadas em Estados da União, foi-lhes dado o direito de constituírem os seus próprios símbolos. A idéia da Bandeira que de "fato", representa o Estado da Bahia, nasceu com o Dr. Deocleciano Ramos, em reunião do Congresso Republicano realizado na cidade de Salvador, em 25/05/1889, que submeteu à aprovação daquele conclave a Bandeira do Partido. A partir deste momento, quer pelo uso ou costume, consagrou-se como sendo o Pavilhão do Estado da Bahia.
A bandeira do Estado da Bahia é constituída de 4 listas horizontais brancas e vermelhas, no ângulo superior e interno há um quadrângulo azul, que ao centro contém um triângulo branco que recorda a bandeira dos conjurados mineiros.
As cores vermelha, branca e azul celeste já constavam da bandeira idealizada pelos revolucionários baianos em 1798 (Guerra dos Alfaiates ou 1a Revolução Social Brasileira). A cor branca situada no interior do triângulo da bandeira baiana é atribuída à influência maçônica, segundo certos estudiosos do assunto.
A sua disposição em listas é atribuída à bandeira dos Estados Unidos da América do Norte, cuja declaração da Independência (1776) causou profunda repercussão entre os brasileiros.
Historicamente, a primeira bandeira içada na Bahia, nas características acima, resultou de uma ação cívica do coronel Durval de Aguiar, então Comandante da Polícia, em 17 de novembro de 1889, quando oficialmente, o nosso Estado reconhecia a república proclamada. Enquanto isso hasteava-se no Forte do Mar uma bandeira branca e fazia-se uma saudação de 21 tiros.
No final da sua "Ordem do Dia" de no 1, o Cel. Durval Vieira de Aguiar, concluiu: "Camaradas! Sustentemos a paz, saudando a aurora do porvir com um viva à República do Brasil".













APÊNDICE II
“ALUNOS NAS MEMÓRIAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA”
(Resumo do original extraído de Souza e Azevedo, Eliane Elisa de – Memória Histórica (1996-2007). Feira de Santana, 2008).
(SÉCULO XX)




*
“ A memória inicial do século XX, a de 1901, da autoria do Prof. Deocleciano Ramos, ao referir-se, em detalhes, aos diversos artigos da legislação em vigor, aponta deveres regimentais dos alunos os quais vão desde a seleção da cadeira permanente para sentar-se em salas de aula, a fim de facilitar a anotação dos faltosos, até as “theses inaugurais” exigidas para a obtenção do grau de Doutor em Medicina.
Em meados do ano de 1901, por razões que não ficaram claras na referida Memória, os alunos deixaram de freqüentar as aulas. A palavra “greve” não é usada no relato do memorialista, mas a descrição dos fatos muito bem a caracteriza. Sendo ineficaz a busca de diálogo  por parte dos Professores; tendo a Congregação deliberado que o problema era meramente administrativo, não sendo, portanto, de competência deste órgão, e persistindo, sem solução, o problema entre o Diretor, o Sr. Ministro do Interior e os Estudantes, a cidade de Salvador recebeu, em 15 de junho de 1901, a notícia do fechamento da Faculdade de Medicina da Bahia “em vista da persistência dos Srs. Estudantes em não quererem voltar às aulas”. Três dias depois, 18 de junho, todo o prédio da Faculdade encontrava-se fechado,  “sendo que a porta principal que dá acesso ao gabinete do diretor e a secretaria achava-se guardada por duas praças da polícia estadual”. Entre os Professores prevalecia a queixa de não terem “tido a honra de receber participação oficial” referente aos fatos. Em 10 de agosto, persistindo a situação “foi concedido o pedido de demissão do Sr. Professor Dr.  José Olympio de Azevedo, do cargo de director desta Faculdade” e, nesta mesma data,, expedido o decreto de nomeação de um novo diretor. O Diretor nomeado, Prof. Alfredo Thomé de Britto, foi empossado onze dias depois, em dia 21 de agosto, e através de ofício, comunicou a posse aos docentes da Faculdade. Todavia, somente em 19 de janeiro de 1902, através decreto, foi reaberta a Faculdade de Medicina da Bahia, conforme relata o Memorialista Prof. Anísio Circundes de Carvalho referindo-se aos fatos notáveis do ano de 1902.
Recentemente, este singular fato de fechamento da FAMED e demissão do Diretor em decorrência de paralisação dos alunos mereceu especial atenção do ilustre historiador da medicina Dr. Antonio Carlos Nogueira Britto, Presidente do Instituto Bahiano de História da Medicina e Ciências Afins, com apresentação de trabalho durante o X Congresso Brasileiro de História da Medicina, e respectivo resumo publicado no Jornal Brasileiro de História da Medicina (vol.8, supl.01,out. 2005). O citado trabalho esclarece que, no manifesto dos estudantes, a causa central da paralisação foi o fato de terem eles faltado às aulas no dia 4 de julho por estarem recepcionando e homenageando o colega Alvim Martins Horcades que retornava do Rio de Janeiro onde cumprira missão acadêmica de interesse da classe estudantil. O Diretor não apenas recusou-se à dispensa dos pontos marcados nesta data, mas recebeu os estudantes de forma “brutal e grosseira” gerando, entre eles, indignação e recusa ao comparecimento às aulas. Acusando o Diretor de nepotismo e incompetência administrativa os estudantes exigiram e conseguiram sua exoneração.
O relato da paralisação dos estudantes em 1901 e seu sucesso em ter o Diretor substituído merece ser visto em analogia a uma outra paralisação ocorrida em 1956. A greve de 1956 não teve o pretendido sucesso em afastar, das atividades de ensino, o Professor José Coelho dos Santos, Professor Catedrático de Anatomia Patológica, cuja didática era o ponto central de descontentamento entre os estudantes. Não obstante a longa duração dessa greve, o Professor permaneceu inatingível e o movimento interpretado por vários Professores e pela administração da Faculdade, como de cunho político. É extraordinário o fato que em 1901, os alunos, dessa mesma Faculdade, por alegações não diretamente ligadas ao ensino, mas fundamentada em um evento de grosseria por parte do Diretor, tivessem êxito em obter sua renúncia e imediata substituição. Em 1956, o que os estudantes exigiam eram melhores condições didáticas para o aprendizado da Anatomia Patológica opondo-se à continuidade do Professor em sala de aula. Em 1901, os estudantes demonstravam sua indignação a um ato grosseiro do Diretor e o queriam fora do cargo. Esses tiveram sucesso, aqueles, não.”
   


.






-

Nenhum comentário:

Postar um comentário