English French German Spain Italian Dutch
Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
By Ferramentas Blog

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

CIPRIANO JOSÉ BARATA DE ALMEIDA (CIPRIANO BARATA)

CIPRIANO JOSÉ BARATA DE ALMEIDA
(CIPRIANO BARATA)



*
Nasceu em Salvador, no dia 27 de setembro de 1762, sendo seus pais o tenente português Raimundo Nunes Barata e Luiza Josefa Xavier (brasileira).
Ingressou na Universidade de Coimbra, em 1786, diplomando-se em Filsofia e Medicina, pela mesma universidade.
Em Coimbra, foi contemporâneo de José Bonifácio de Andrada e Silva, de José Egídio Alves de Almeida (futuro secretário particular de D. João VI, de Manuel Câmara Bittencourt (futuro intendente dos diamantes, em Minas Gerais).
Ardoroso patriota, consta que só usava roupas confeccionadas com tecido vindo do Brasil.
Foi membro ativo da Revolução Pernambucana, em 1817.
Em 1821, eleito, pela Bahia,  deputado às Cortes, em Lisboa, revelou-se partidário da independência do Brasil, o que motivou a fúria de seus colegas portugueses.
Regressando ao Brasil, fixou residência em Pernambuco. Desenvolveu grande atividade política, utilizando para isso a Gazeta de Pernambuco e o jornal “Sentinela da Liberdade”, ( por ele fundado, em abril de 1822).
Durante o tempo em que militou na imprensa pernambucana, denunciou as tendências absolutistas de D. Pedro I.
Liderou a resistência às forças portuguesas, comandadas pelo General Madeira, da qual resultou a vitória do Exército Libertador, em 2 de julho de 1823.
Proclamada a independência do Brasil, foi eleito deputado à Assembléia Constituinte, pela Bahia. Eleito, preferiu continuar na redação do Sentinela, em Pernambuco. Utilizando um discurso combativo e agressivo, posicionou-se a favor das idéias republicanas e da autonomia das províncias. Assim sendo, foi preso, em novembro de 1823, e confinado na fortaleza de Brum, em Recife.
Solto, continuou com a mesma postura, utilizando para isso, a imprensa clandestina.
Novamente preso, foi conduzido para a Fortaleza de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, onde permaneceu de 1823 até 1830.
Quando deixou a prisão, tinha mais de setenta anos de idade.
Abolicionista convicto, foi um dos primeiros a defender a libertação dos escravos.
Ao sair da Fortaleza de Santa Cruz, abandonou a política e passou a ensinar francês, em Natal, no Rio Grande do Norte.
Faleceu, naquela cidade, em 7 de junho de 1838.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1.     Brasil no Ar –Bahia . Disponível em http://www.brasilnoar.com.br/BA/
ba_historia.asp. Acesso em 23 de janeiro de 2009.
2.     Pacífico Pereira, Antônio – A Medicina na Bahia. Salvador, 1923.
3.     Cipriano Barata – Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Cipriano_
      Barata. Acesso em 23 de janeiro de 2009.    
4.     Cipriano José Barata de Almeida. Disponível em http://educacao.uol.com.   br/biografias/ult1789u686.jhtm. Acesso em 23 de janeiro de 2009.



APÊNDICE I
 A “CONSPIRAÇÃO DOS ALFAIATES”
 (Extraido de Nogueira Brito, Antônio Carlos-Gazeta Médica da Bahia. Ano 144. Volume 80. Número 2, Pgs.34/35.Salvador, Ba., 2010)




         *

“O movimento revolucionário de 1794/1798 na capitania da Bahia foi plasmado sob a égide da filosofia iluminista e na Revolução Francesa, que eclodiu em 1708 e formulava do ponto de vista político a República Moderna, através da qual seriam todos iguais perante a lei e o poder adviria do povo.
Na manhã de 12 de agosto de 1798, foram afixados em igrejas, muros, paredes de casas de residência e outros pontos da cidade 11 panfletos, tidos como “papeis sediciosos” que denunciavam “latrocínios, furtos com os títulos  de impostura, tributos e direitos que são elaborados pela rainha”; que “seja exterminado pra sempre o péssimo jugo reinavel na Europa”; “ficando cada hu sujeito às leis do novo código”; e “cada hu soldado receba de soldo dois tustoens cada dia”/”os oficiais terão augmento de posto, e soldo”.
O governador da capitania da Bahia, D. Fernando Jozé de Portugal (1788-1801), instaurou rigorosas devassas, sendo realizadas as prisões dos tenentes Hermógenes Francisco de Aguillar Pantoja omes de Oliveira Borges; do professor de latim Francisco Moniz Barreto de Aragão e do cirurgião e médico Cipriano Jozé Barata de Almeida. Foram detidos e processados 33 envolvidos: 11 escravos, seis soldados de tropa paga, cinco alfaiates, três oficiais militares, dois ourives, um pequeno negociante, um bordador, um pedreiro, um carpina, um professor e um cirurgião. Em 5 de novembro de 1799 foream condenados à forca os soldados Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga e Lucas Dantas de Amorim do Nascimento, o aprendiz de alfaiate Manoel Faustino dos Santos Lira e o ourives Luiz Pires, que fugiu e jamais foi
Localizado. No dia 8 de novembro de 1799 foram enforcados e esquartejados na Praça da Piedade o aprendiz de alfaiate Manoel Francisco Santos Lira, soldado Lucas Dantas de Amorim Torres, soldado  Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga e o alfaiate João de Deus do Nascimento. Os escravos Luiz de França Pires e José Felix foram condenados a degredo e atirados ao mar ou desembarcados nas praias da África Ocidental. Antônio José morreu na prisão, envenenado com arsênico. Dois foram condenados ao açoite no Pelourinho, na Praça do Terreiro de Jesus. Ignacio Pires dos Santos e Manoel de Vera Cruz foram condenados  a 500 açoites e vendidos para fora da capitania da Bahia. O escravo Cosme Damião Pereira Bastos foi condenado a 5 anos de degredo em prisão de Angola. Os tenentes Hermógenes Francisco de Aguillar Pantoja e Jozé Gomes de Oliveira Borges, foram aprisionados. O cirurgião e médico Cipriano Barata foi detido em 19 de setembro de 1798.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário