ANTÔNIO IGNÁCIO DE MENEZES
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Nasceu em Salvador, no primeiro dia de fevereiro de 1878 (1), sendo seus pais Antônio Getúlio Telles de Menezes e Maria Iluminada da Silva Menezes.
Afirmam Plínio Garcez de Senna e Consuelo Pondé de Senna, que o local de nascimento foi a Vila de São Francisco (2,3) .
Concluído o curso de humanidades, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia, diplomando-se em Farmácia em 1902, e em Medicina, em 1907.
Foram seus colegas da turma de Medicina: Aristides Novis, Durvaltercio Bolívar de Aguiar, José Olympio da Silva e Pedro Augusto de Melo. José Olympio da Silva foi professor e Diretor da Faculdade. Pedro Augusto de Melo foi o introdutor da identificação civil no Estado da Bahia e, em sua homenagem, o Governo estadual criou o Instituto Pedro Melo. Aristides Novis e Durvaltercio Aguiar foram professores da FAMED (1).
Em 1908, foi preparador da cadeira de Anatomia e Fisiologia Patológicas. Em 1911, conquistou a Docência-livre, por concurso, da cadeira de Anatomia Descritiva. Em 1913, foi preparador da cadeira de Higiene. Finalmente conquistou, por concurso, a cadeira de Medicina Operatória e, em 1931, passou a titular de Técnica Cirúrgica e Cirurgia Experimental da Faculdade de Medicina.
No curso de Odontologia, lecionou, durante vários anos, a disciplina de Patologia Dentária.
No curso de Farmácia, lecionou Botânica Aplicada.
Também atuou no magistério secundário, ensinando em vários estabelecimentos de Salvador, inclusive na Escola Normal da Bahia, onde conhecido como “Poço da Sabedoria” (3).
Dentre os trabalhos que publicou, destacamos “Flora da Bahia”, dicionário botânico de imenso valor, editado em 1949, pela Companhia Editora Nacional. Essa obra, na sua primeira edição, foi denominada “Dicionário das Plantas da Bahia” . A última edição, significativamente ampliada, traz a descrição de numerosas plantas brasileiras, com seus nomes científicos e vulgares, características e utilidades. É uma referência para todos os botânicos do país.
É de sua autoria outro livro clássico: “Fhysiologia dos dentes e da boca” bem como uma anatomia descritiva dos dentes humanos e uma anatomia médico-cirúrgica do antro maxilar.
Diz Carlos da Silva Lacaz: “Deixou-nos Ignácio de Menezes, além dos trabalhos científicos, diversas obras literárias, tais como “Na Bahia, em Boa Terra”, romance de costumes, impresso em 1934 por conta do Estado da Bahia, com prefácio de Xavier Marques; “Mocidade Vitoriosa”, também romance de costumes; “Crônicas acadêmicas”, memórias da vida baiana do seu tempo; “A Bahia entre dois séculos – 1890-1920” , crônicas da vida baiana, com prefácio do Prof. Pinto de Carvalho. Êste último livro achava-se em fase de publicação quando da morte do Autor” (1).
O ilustre professor e homem de letras, uma das expressões mais altas da cultura baiana, faleceu em 10 de maio de 1961.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1. Lacaz, Carlos da Silva – Vultos da Medicina Brasileira. São Paulo, 1966.
2. Garcez de Senna, Plínio – Discurso comemorativo do centenário de nascimento do Prof. Antônio Ignácio de Menezes. Sinópse Informativa. Universidade Federal da Bahia. Ano II, No II, outubro. Salvador, 1978
3. Pondé de Senna, Consuelo – Antônio Inácio de Menezes. Sinópse Informativa. Universidade Federal da Bahia. Ano II, No II, outubro. Salvador, 1978.
4. Tavares-Neto, José – Formados de 1812 a 2008 pela Faculdade de Medicina da Bahia.
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