125- FERNANDO FREIRE DE CARVALHO LUZ
(FERNANDO LUZ)
PROF. FERNANDO LUZ
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Nasceu em Salvador, a 9 de novembro de 1916, sendo filho do desembargador Euvaldo Luz e Maria Luiza Carvalho.
Aprendeu as primeiras letras com sua progenitora que lhe ensinou, inclusive, francês e inglês.
Ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, em 1932, pela qual foi diplomado em 1937.
Em 1938, foi cirurgião do antigo Pronto Socorro da Bahia, nele permanecendo até 1953.
Logo após a formatura, deu início, com sucesso, a clínica particular.
Nos anos de 1939 a 1940, foi Assistente de Ensino de 1ª Clínica Cirúrgica e, de 1942 a 1951, Cirurgião Chefe do Serviço de Cirurgia do Hospital Santa Izabel.
No Hospital Português da Bahia, trabalhou por mais de cinqüenta anos.
Por ocasião da 2ª Guerra Mundial, foi cirurgião da Base Baker, da Marinha dos Estados Unidos, em Salvador.
Em 1943 foi para os Estados Unidos, onde estagiou no Hospital Central da marinha norte-americana.
Regressando à Bahia, trouxe consigo a técnica e os reagentes necessários `a identificação do fator Rh e, em colaboração com o hematologista Estácio Gonzaga, realizou a primeira transfusão sanguínea, com a determinação do fator Rh.
Durante os anos de 1945 e 1946, voltou aos Estados Unidos, onde estagiou na Universidade de Columbia, New York.
Ao concluir o estágio, inaugurou, na Bahia, novas técnicas cirúrgicas, tais como a dissecção radical do pescoço (para o tratamento do câncer da tireóide), a esofagectomia (para tratamento do câncer do esôfago e da estenose cáustica), a mastectomia supra-radical, a gastrectomia total (para tratamento do câncer gástrico), a colectomia D e E (para tratamento do câncer do intestino grosso), e outras mais.
Em 1954, prestou concurso para Livre Docência e, em 1963, para a cátedra da 1ª Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da UFBa.
Suas atividades na clínica privada e na vida acadêmica foram extraordinárias: examinou vinte e cinco concursos, atendeu densa clientela, exerceu a cátedra com brilhantismo e publicou mais de sessenta trabalhos, em periódicos científicos do Brasil e do exterior.
Introduziu uma nova técnica no tratamento cirúrgico da esquistossomose grave, com filtração sanguínea extra corpórea: “injetava tártaro no sistema sanguíneo do paciente com esquistossomose e depois seccionava a veia hépato-esplênica, que leva o sangue do intestino ao fígado. O sangue era filtrado durante uma hora e depois devolvido ao corpo do paciente. O tártaro desalojava os parasitas das veias e eles eram retirados na filtragem” (1).
Proferiu conferências, inclusive sobre o tratamento cirúrgico da esquistosomíase, em diversos centros médicos do Brasil, Estados Unidos, Inglaterra, França, Alemanha e Itália.
Os últimos anos da sua existência foram dedicados a construção, instalação e funcionamento do Hospital Aliança, considerado, na época o melhor do Norte e Nordeste do Brasil.
Faleceu em maio de 1995, aos 79 anos de idade.
FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1. Fernando Freire de Carvalho Luz – Disponível em htp://www.hportugues .com.br/noticias/outras_edicoes/profissionais/docimagebig.2005-05-06.1 426144660. Acesso em 4 de fevereiro de 2009.
2. Milton da Silveira, Geraldo – Quatro grandes cirurgiões, quatro diferente
s personalidades. Anais do Academia de Medicina da Bahia, Volume XII
julho de 2003.
CASAL DE SCHISTOSOMA MANSONI
(GRANDE AUMENTO)
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