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By Ferramentas Blog

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

ALEXANDRE JOSÉ DE BARROS BITENCOURT

ALEXANDRE JOSÉ DE BARROS BITENCOURT


Nasceu na Fazenda Araçá, município de Nazaré (Bahia), em 22 de março de 1831. Filho do  Comendador Major Antônio de Souza Maia  Bittencourt e Maria Francisca Pessoa de Barros Bittencourt. Realizou o curso primário em Nazaré, com o professor Manuel Luís Pedro, com  o qual aprendeu, também, latim e francês. Fez os preparatórios na capital da Província, onde freqüentou o colégio do Padre Eutíquio  Pereira da Rocha. Doutorou-se na Faculdade de Medicina da Bahia, em 1855.
Foram seus colegas de turma: Antônio Álvares da Silva, que faleceu quando realizada concurso para a cátedra de Fisiologia.
Iniciou  a vida profissional na cidade do Salvador, onde prestou relevante serviço contra a epidemia de cólera, além disso,  trabalhou como médico clínico no Hospital Português. Os serviços prestados durante a terrível epidemia foram de tal valia que o governo o agraciou com a comenda da Ordem de Cristo.
Vencida essa etapa, mudou-se para sua cidade natal, onde exerceu a medicina com amor e dedicação. Integrou o corpo clínico do Hospital da Misericórdia , do qual se tornaria Provedor.
Projetou e edificou a sede da pia instituição e restaurou o Asilo de Menores Desvalidos, o que lhe proporcionou grande prestígio político e social.
Além de médico, foi poeta, jornalista e político de grande fama. Fundou o jornal “O Regenerador”. Como político, chefiou o Partido Conservador em Nazaré, foi eleito Conselheiro e, logo depois, presidente da Câmara Municipal. Chegou a senador estadual e participou da Constituinte de 1891.
Foi pioneiro em vários empreendimentos baianos, inclusive no da Estrada de Ferro de Nazaré, da qual foi diretor por longo período de tempo. Eis por que chamavam-no “o Mauá da Bahia”.
Em 1907, seu nome foi cogitado para o governo da Bahia, o que não se concretizou devido ao seu precário estado de saúde.
Faleceu logo depois, isto é, em 1911, causando imensa dor em uma legião de colegas,  amigos e admiradores.
Loureiro de Souza, seu biógrafo, afirma que Alexandre Bittencourt foi “igualmente engenheiro, tantos foram, e importantes, os trabalhos que nesse ramo planejou”. E complementa: “No campo da ciência médica foi pioneiro, bastando assinalar-se que a sua tese de doutoramento versou sobre o contágio, antecedendo de quase nove anos aos primeiros trabalhos de Pasteur quanto à origem microbiana das doenças”(Obra citada).
Pedro Calmon, relata a mesma fonte, traçou o perfil do grande baiano nestes termos:“Figura imensa da engenharia nacional, homem de múltiplas especialidades na riqueza dos seus conhecimentos, poeta, médico e construtor de troncos ferroviários, gênio da civilização, instalado desinteressadamente na sua modesta terra, a que serviu com tais esmeros de abnegação desambiciosa que o seu nome ali ficou como um símbolo de moralidade pública, a marcar as altitudes da vida baiana (Ibidem).

REFERÊNCIA:
Souza, Antônio Loureiro de - Baianos Ilustres. Editora Beneditina, Salvador, 1973.

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