ALEXANDRE LEAL COSTA

ALEXANDRE LEAL COSTA

               

                                                                          

Alexandre Leal Costa nasceu em 11 de abril de 1907, na Vila da Conceição do Norte, no Estado de Goiás, e ali viveu durante toda a infância.

Com doze anos de idade, a fim de continuar os estudos, mudou-se para Salvador.

Concluído o curso secundário, submeteu-se aos exames preparatórios no Ginásio da Bahia, em fins de 1924, e recebeu como prêmio uma viagem à Europa.

No início de 1925, voltou ao Brasil.

ALEXANDRE, durante toda a vida acadêmica, conviveu e admirou o Padre Torrend .

Durante a época em que cursou a Faculdade de Medicina, freqüentou o Hospital do Isolamento onde exerceu com dedicação o cargo de Interno. Lecionou várias disciplinas do curso secundário, quer em estabelecimentos de ensino, quer a domicílio (na qualidade de “explicador”).

Concluído o aprendizado médico, apresentou e defendeu, em março de 1931, perante a Congregação, tese sobre ‘DOENÇA DE PIRAJÁ DA SILVA MANSON’. Aprovado com distinção, recebeu, no mês seguinte, o título de Doutor em Ciências Médico-Cirúrgicas.

Foram seus colegas de turma:   Edgard Pires da Veiga, Eduardo Bizarria Mamede, João José de Almeida Seabra, José Lages Filho, Catão Newton Pinto Dantas e José Lages Filho.  José Lages Filho, também laureado, foi um dos fundadores da Faculdade de Medicina de Alagoas. Eduardo Bizarria Mamede, foi Secretário de Educação e Cultura da Bahia (1981) (2).

Recém-formado, iniciou a clínica. Como inspetor de uma Companhia de Seguros, teve oportunidade de excursionar freqüentes vezes ao interior do Estado, ocasião em que, não esquecendo seus deveres de inspetor, satisfazia sua inclinação, examinando com grande interesse a fauna e a flora de diversas regiões. Colhia, eventualmente, farto material muito útil para ele e o Padre Torrend.

Doutor em Medicina em 1931, passou a Assistente de Microbiologia. Em 1934 conquistou, por meio de brilhante concurso, a Docência Livre de Parasitologia. No ano seguinte galgou a cátedra de Zoologia e Parasitologia da Escola de Farmácia. Em 1936, assumiu a Assistência e a Chefia do Laboratório de Parasitologia.

Sua trajetória empolgou a Faculdade de Medicina, durante quatro décadas. Ela inclui, dentre outros, os seguintes títulos: Assistente de Terapêutica Clínica, Assistente de Microbiologia, Livre Docente de Parasitologia, Docente Livre de Terapêutica, Professor Adjunto de Terapêutica Clínica, Professor Catedrático de Parasitologia (por concurso), Professor Titular de Parasitologia, Chefe de Departamento, Membro de diversas Comissões de Concursos para Professores Assistentes, Professores Adjuntos, Professores Titulares e Livres Docentes.

Integrou o corpo docente da Universidade Católica do Salvador e da Escola Baiana de Medicina, como professor titular de Parasitologia.

Foi membro titular do Conselho Estadual de Educação e, durante três governos sucessivos, foi reconduzido ao mesmo Conselho. A morte o surpreendeu como presidente do Conselho, cargo que exerceu várias vezes por escolha de seus pares.

Faleceu em 26 de janeiro de 1976.

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:

1.       Leite, Geraldo – Alexandre Leal Costa – Anais da Academia de Medicina da Bahia, Volume I, abril. Salvador, 1978.

2.       Tavares-Neto, José – Formados de 1812 a 2008 pela Faculdade de Medicina da Bahia. Feira de Santana, 2008.