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By Ferramentas Blog

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ABÍLIO BORGES

ABÍLIO CÉSAR BORGES
(BARÃO DE MACAÚBAS)
                                
Abílio Borges nasceu em 09 de setembro de 1824, em Rio de Contas, antiga Minas do Rio Claro, atual cidade da Barra. Foram seus pais Miguel Borges de Carvalho e Mafalda Maria da Paixão Borges.
Médico e pedagogo, criador do nosso livro didático. É considerado “o Pestalozzi brasileiro”.
Cursou as primeiras letras em sua vila natal, na qual concluiu a instrução primária. Antes de completar quatorze anos, partiu para a capital da província a fim de cursar as aulas do Colégio Nossa Senhora da Conceição, um dos estabelecimentos de ensino mais conceituados da Bahia.
No dia 28 de fevereiro de 1842, matriculou-se no primeiro ano médico.
No último ano do curso, transferiu-se para a congêne do Rio de Janeiro, onde diplomou-se em 1847.
Informa LOUREIRO DE SOUZA (1922): “seu curso foi dos mais brilhantes, tendo conquistado vários prêmios”. Concluído o curso médico, Abílio Borges, impelido por sua verdadeira vocação, regressou, em 1848, à Bahia para exercer o cargo de Diretor da Instrução Pública e fundou, na cidade do Salvador, o Ateneu Barrense e o Ginásio Baiano.
Militou, com eficácia, na imprensa, sendo redator de vários periódicos.
Na condição de Diretor da Instrução Pública da Bahia, “em discurso dirigido ao Ministro do Império, João Alfredo Correia de Oliveira, conclamou-o a criar o Ministério da Instrução”
À frente do Ginásio Baiano esteve durante quatorze anos, período em que visitou a Europa a fim de aperfeiçoar seus conhecimentos pedagógicos.
Em 1871, regressou ao Rio de Janeiro, onde permaneceria até a morte. Alí fundou o Colégio Abílio e, dez anos depois, dois outros, um em Botafogo e um em Barbacena, Minas Gerais.
O Colégio Abílio era considerado um dos melhores da capital do Império, comparável aos mais famosos da Europa. No referido colégio estudaram Luis Edmundo, Castro Alves, Ruy Barbosa e Raul Pompéia.
Raul Pompéia foi interno do Colégio Abílio Borges e o retratou, posteriormente, em sua obra “O Ateneu”

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                                          APÊNDICE I

DEPOIMENTO DO POETA ANTÔNIO DE CASTRO ALVES   

(Extraído de  http:www.projetomemoria.art.br/CastroAlves/memórias/memórias_escola.html)


 “A vida na fazenda começava a ficar limitada demais para a ambição de meu pai. No começo de 1854, fomos morar em Salvador, na rua do Rosário no 1. Esta casa, que marcaria de forma definitiva a minha vida, era cheia de lendas e mistérios: uma linda moça, Júlia Fetal, nela foi assassinada pelo noivo, que, louco de ciúmes, a teria fulminado com uma bala de ouro. Nesta casa nasceram minha querida irmã Adelaide e a caçula Amélia, em 1855, empatando em 3x3 o jogo entre homens e mulheres.
Além de praticar a ciência, papai era dado à pintura. Em 1856, foi um dos fundadores da Sociedade das Belas Artes da Bahia, mesmo ano em q         eu iniciei os estudos no Colégio Sebrão. Mas logo me transferi para o Ginásio Baiano, do doutor Abílio Borges, futuro barão de Macaúbas. Para a época – 1858 – as idéias do doutor eram o máximo: estudávamos várias matérias ao mesmo tempo, não recebíamos castigos físicos, éramos incentivados a participar de torneios literários. Para mim, que já trazia o amor à arte cultivado em família, foi uma espécie de preliminar (desculpem a imodéstia) para a glória futura. Celebrávamos principalmente as datas cívicas, e esse amor prematuro aos feitos brasileiros deixou sementes que iriam germinar na minha poesia de adulto. Eu já gostava de falar em público, de recitar poemas que, cuidadosamente, anotava num caderninho. Mais tarde, tive a sabedoria de dar fim a essa poesia,, impedindo que os primeiros textos de Cecéu (como eu era conhecido) fossem publicados em livro.
Desse período, a péssima notícia foi a morte de mamãe, em 1859, aos 33 anos. Desesperado, meu irmão tentou o suicídio. Não gosto de falar disso. Diferente de outros poetas, me incomodaria retratar minha mãe nos poemas. E o mano teve uma reação de louco. Loucura e morte eram os temas da moda: eu sofri os dois na carne...”

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