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By Ferramentas Blog

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ADDRIANO ALVES DE LIMA GORDILHO (BARÃO DE ITAPOÂ)

ADRIANO ALVES DE LIMA GORDILHO
       
( BARÃO DE ITAPOÃ)

Nasceu em Salvador, no ano de 1830 e colou o grau de doutor em Medicina na Faculdade de Medicina da Bahia, em 1851, quando defendeu tese sobre “A medicação revulsiva”.
Foram seus colegas de turma: Domingos Rodrigues Seixas e José Eduardo Freire de Carvalho, professores da Faculdade (3).
Opositor, por concurso, da Seção Cirúrgica, em 1856, quando defendeu tese sobre “Apreciação dos meios operatórios empregados na cura dos cálculos vesicais”
Professor, por concurso, de Anatomia Descritiva, em 1862, oportunidade em que defendeu tese sobre “Considerações sobre o sistema nervoso ganglionário, e suas conexões com o sistema nervoso cérebro-espinhal”. Em 1875, foi transferido para a cadeira de Partos
Empreendeu viagem de estudos e de aperfeiçoamento à Europa, onde estagiou nos melhores serviços anatômicos do Velho Continente.
Foi agraciado com diversos títulos e condecorações, inclusive o de 2º Barão de Itapoã (1872). O 1º Barão de Itapoã foi José Joaquim Nabuco de Araújo,magistrado e político brasileiro que viveu de 1764 a1844.
Adriano Alves de Lima Gordilho foi Comendador da Ordem da Rosa e Conselheiro do Imperador D. Pedro II.
Autor da Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia, referente ao ano de 1868.
Jubilou-se em 1890.
“Grande conceito alcançou o Barão de Itapoã, como cirurgião; foi um parteiro de profundos conhecimentos e de rara habilidade. Teve, conseqüentemente, uma clínica extraordinária. Em outubro de 1892, o eminente mestre deu fim à sua própria vida, assim perdendo a classe médica uma notável inteligência e a sociedade um magnífico profissional” (2).
Parte inferior do formulário
A propósito do infausto acontecimento, lê-se: “Foi assim que, supõe-se, ocorrera. No dia 18 de outubro de 1892, o barão de Itapoã, famoso médico obstetra da capital baiana, ter-se-ia trancado no quarto, obstruindo o buraco da fechadura com uma folha de papel e seccionado a garganta com uma navalha. Não tendo o hábito de se barbear,o barão havia, pouco antes, pedido emprestado o instrumento a um barbeiro da vizinhança. Além disso, ele comprara e ingerira elevada dose de “xarope de Follet”, o que reforçava a suspeita de sua intenção em atentar contra a própria vida. Após o primeiro talho ele repetiu e repetiu a operação, até conseguir romper por completo a carótida primitiva esquerda, com grande profusão de sangue. Mortalmente ferido, ainda por alguns segundos se deteve diante de um espelho pendurado na parede, para depois se dirigir ao leito. Todavia, não o pôde alcançar, indo ao chão após dar violenta com a testa na borda da cama. Para efetuar a perícia do local e do corpo do barão, foi chamado o doutor Raymundo Nina Rodrigues, um dos principais nomes de medicina legal no Brasil, na época ainda no início da carreira. Nina Rodrigues estudou criteriosamente os indícios encontrados e concluiu que se tratava de um caso de clássico e banal suicídio por secção do pescoço” (1).

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:
1. Antunes, José Leopoldo Ferreira. Medicina, leis e moral. São Paulo, 1999.
2. Sá Oliveira, Eduardo – Memória Histórica da Faculdade de Medicina da Bahia, concernente ao ano de 1942. Salvador, 1992.
3. Tavares-Neto, José – Formados de 1812 a 2008 pela Faculdade de Medicina da Bahia. Feira de Santana, 2008.
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APÊNDICE I
RELATÓRIO DO PROF. NINA RODRIGUES

Relata o Prof. José Leopoldo Ferreira Antunes, parte do relatório do Prof. Nina Rodrigues, sobre os motivos que levaram o Barão de Itaopã a cometer tão extremado gesto: Nina, diz ele, “Discriminava motivos que teriam levado o pranteado médico ao desespero: a idade, a fadiga, os desgostos. Jubilado da docência contra a vontade por aposentadoria, o Barão de Itapoã viu a clientela da sua clínica, outrora vasta e rendosa, debandar aos poucos para a concorrência, até desaparecer por completo, quando lhe sobreveio a surdez. Pendências de família levaram-no às instâncias judiciais e ficaram registradas em suas disposições testamentárias. Além disso, poucos anos antes, ele havia perdido um filhinho de febre amarela, doença que ele acreditava ter transmitido à criancinha, após contraí-la ao assistir um enfermo”  (Obra citada).

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