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By Ferramentas Blog

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ADROALDO SOARES ALBERGARIA

ADROALDO SOARES ALBERGARIA

Filho do casal  Alexandre Soares Albergaria e Iraídice Albergaria, residente no bairro de Roma, na capital da Bahia. Casa humilde, cuja característica era a existência de uma mureta de proteção contra a fúria do mar.  Na “casa da mureta de pedras”, Adroaldo Soares Albergaria viveu sua infância e sua juventude. Albergaria nunca a esqueceu e a imortalizou nos seguintes versos:

                     “Aqui tudo é sublime:
                   Longe, a vaga se alteia ...
  Vem chocar-se na areia ...
                                          Aqui tudo se exprime:
                                                 O céu –que formosura ! ...
                                         Julgo que lá na altura
                                            Há brilhos diamantinos
                                        De fogos cristalinos !
                                               Despe-se a praia, (nua...)
                                    À luz de eteral lua,
                                             As valsas, em cascatas,
                                          Desfilam serenatas ...”

Pobre, persistente e estudioso, perseguiu, desde criança, o sonho de ser médico. Com esse objetivo, fez o curso primário na Escola Castro Alves, localizada,  no bairro de Roma. O  ginasial, cursou-o no Ginásio da Bahia e, após dois concursos vestibulares, ingressou, em 1945, na Faculdade de Medicina.
Para manter-se na Faculdade, valeu-se de um modesto emprego no laboratório do Sanatório São Jorge.
Sua vocação política despertou quando cursava a Faculdade, o que o guindou a postos eletivos, tais como, a presidência do Diretório Central dos Estudantes da UFBa. e a representação de sua série, em várias oportunidades.
Quando da conclusão do curso de Medicina, em 1950, foi eleito orador oficial. O discurso que proferiu na solenidade, muito bem elaborado, chamava a atenção para a figura do antigo “médico de família” e continha um apelo à solidariedade humana.
Foram seus colegas de turma: Arudy Penna Costa, Carlos José de Souza Alves, Geilza Cravo Batinga, Geraldo Leite, Geraldo Rocha, Jorge Fernando Pereira Studart, José dos Santos Pereira Filho, Maria de Lourdes Rocha Santos, Vital Ferreira de Morais Sarmento e Zilton de Araújo Andrade (2).
Uma vez formado, Adroaldo Albergaria serviu a instituições públicas e privadas com o maior devotamento e seriedade. Nunca, porém, abandonou seu consultório, nele atendendo, diariamente, sua vultosa clientela.
Era um médico generalista e, ao contrário da maioria de seus colegas, atendia seus pacientes em seu consultório e em qualquer outro lugar, inclusive na residência do cliente. Para ele, o exercício da profissão era um apostolado e, como tal, não tinha horário nem endereço.
Foi Secretário Municipal da Saúde e Presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais. Foi no exercício desse último cargo que a morte o surpreendeu.
Às associações médicas e culturais, tais como, à Academia de Medicina da Bahia, ao Instituto Baiano de História da Medicina, à Sociedade Brasileira de Escritores Médicos- Regional da Bahia, prestou operosa contribuição.


FONTE BIBLIOGRÁFICA:
1.       Pinho, Álvaro Rubin de – Discurso de Posse. Anais da Academia de Medicina da Bahia, Volume 4 : 11. Fundação Cultural da Bahia. Salvador, 1982.
2.       Tavares Neto, José – Formados de 1812 a 2008 pela Faculdade de Medicina da Bahia. Feira de Santana, 2008.




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