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By Ferramentas Blog

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

ALFREDO SOARES DA CUNHA

ALFREDO SOARES DA CUNHA
                                                                  


Alfredo Soares da Cunha é considerado  o introdutor da Homeopatia no Estado da Bahia, o pioneiro, em nossa terra, no atendimento e na confecção de medicamentos homeopáticos.
Tendo empregado todos os recursos de que dispunha na tentativa de salvar sua esposa, Alfredo decidiu estudar e ser médico. Ao mesmo tempo em que  se esforçava para obter os recursos necessários para recompor sua modesta casa comercial,  o  recém-viuvo, ainda moço, concluiu seus estudos no Rio de Janeiro e se graduou em medicina.
Uma vez médico, instalou-se na Bahia e abriu um consultório homeopático, utilizando métodos e preparando medicamentos que, por essa razão, começou a intrigar os demais colegas, adeptos da medicina tradicional. Não tardou que o considerassem “charlatão” e movessem contra ele uma campanha de descrédito.  A oposição foi de tal monta que Alfredo Soares da Cunha foi preso quatro vezes sob alegação de “exercício ilegal da medicina”.
A persistência do “estranho doutor” chamou a atenção do governador José Joaquim Seabra “que, embora desconfiado, precisava de alguém capaz de curar o cunhado (o juiz federal Manoel Durval) desenganado pelos médicos da época.  Alfredo Soares da Cunha aceitou o desafio, agradeceu a confiança e, utilizando a homeopatia, curou o paciente e demonstrou o valor da homeopatia.
Seus colegas não depuseram as armas. Face ao sucedido, mudaram de tática e responderam com o desprezo. Desprezo adotado, inclusive, pelos próprios lentes da tradicional Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus, de onde era aluno um de seus filhos, o jovem Murilo Soares da Cunha.
“A indiferença e a covardia dos doutores não assustavam Alfredo, que decidiu realizar uma conferência sobre a homeopatia para os estudantes da Faculdade. Embora sendo alertado pelo filho que o convite para a palestra não passava de uma armadilha para desmoralizá-lo, Alfredo foi ao Salão Nobre e iniciou sozinho a sua primeira conferência sobre o tema. Pouco antes, porém, a velha faculdade do Terreiro de Jesus já estava em polvorosa. O governador e seus familiares adentravam as portas da escola, prontos para assistir à conferência do médico e amigo. Mais uma vez o feitiço virou-se  contra o feiticeiro e Alfredo terminou sua exposição sendo aplaudido de pé pela platéia que lotava o Salão Nobre da Faculdade” (Fonte citada).
Seus opositores não se renderam e espalharam que seu filho não conseguiria receber o grau de médico, pois sua tese seria recusada pela Congregação. Alfredo Soares da Cunha mobilizou a imprensa.
Enquanto dava sua entrevista aos jornais, foi surpreendido pela notícia de que seu filho havia sido aprovado com distinção.
*
Um ano depois, Alfredo Soares da Cunha entregou seu consultório ao seu filho e continuador, Murilo Soares da Cunha. Inaugurou o Laboratório Homeopático e guiou os passos dos outros filhos (Narciso, graduado em farmácia e medicina e Alfredo, farmacêutico).
Chegou o ano de 1930, quando Alfredo e seus filhos fundam a primeira farmácia homeopática da Bahia.
Outros Soares da Cunha enriqueceram a história da homeopatia baiana.
FONTE BIBLIOGRÁFICA:
Deus é Homeopata. Correio da Bahia, edição de 15 de novembro de 2002. Disponível em http:// www. coreiodabahia.com.br/2002/11/15/noticia.asp? link=not000065064.xml


























APÊNDICE I

A HOMEOPATIA NO BRASIL (I)

DR. BENOIT MURE

(Galo, Ivone – Disponível em http://www.maternatura.med.br/intrhonobrivone.htm)

Dr. Benoit Mure



“O médico alopata , no século XIX, havia conquistado posições no plano institucional que lhe permitiram um certo monopólio no exercício da profissão. Isto facilitou sobremaneira a sua vitória sobre os homeopatas, porque no âmbito da política imperial a medicina tradicional fez prolongar o debate sobre a prática homeopática e os seus pressupostos técnicos, e com isso adiava-se a legalização das instituições homeopáticas que funcionavam no país. Este foi um jogo útil para a medicina tradicional, pois levantar o problema da ilegalidade da homeopatia representava levá-la ao descrédito.
Quando finalmente o imperador D. Pedro II reconheceu a legalidade da homeopatia, as pressões dos alopatas fizeram-se sentir e em aviso de 27 de março de 1846, admite-se a formação de médicos homeopatas, porém no artigo 13 foi estabelecido o seguinte: a habilitação dos médicos homeopatas só se efetivará mediante a submissão aos exames competentes, nas instituição oficiais. Em suma, o ensino da homeopatia é reconhecido, porém a prática não.
A verdade é que este debate sobre o caráter da homeopatia atravessou todo o século e perdura ainda hoje, assumindo evidentemente, os contornos do que a modernidade atualmente entende como ciência. Nos anos de 1880, por exemplo, quando o Dr. Joaquim Murtinho fazia uma conferência na Escola da Glória sobre a “lei dos semelhantes”, fora interpelado pelo imperador, que o ouvia, sobre as razões que levavam um mesmo medicamento a provocar a doença numa pessoa saudável e curá-la numa enfermidade. Joaquim Murtinho que, posteriormente, foi membro do Diretório Nacional do Partido Republicano e exerceu três mandatos como senador da república, foi categórico na sua resposta ao recomendar ao imperador que quando “tivesse ímpetos de assistir a uma defesa de tese que Sua Majestade não entenda, deixe-se ficar em casa e leia uma página de Spencer” (Faria, Fernando Antônio. Querelas Brasileiras. Homeopatia  e política imperial. Rio de Janeiro, Notrya, 1994., p.79). Posteriormente, uma versão mais sofisticada do evolucionismo, a que permeia o viés marxista de leitura das relações sociais, aparece não para defender a homeopatia, mas para criticá-la  r4elegando a ela um lugar numa proto história das ciências médicas, e das ciências em geral, junto com a alquimia, onde deve ser localizada a metafísica e os seus princípios de uma lei geral, imutável, seus falsos princípios  estabelecidos a priori e sua indemonstrabilidade decorrente disto (Novaes, Ricardo Lafetá. O tempo e a ordem: sobre a homeopatia . São Paulo, Cortez Editora/Abrasco (Col. Pensamento social e saúde, 1), 1989, p.269-176).
No início do século XIX, quando a difusão da homeopatia começa a tomar impulso em cala mundial, outras respostas foram dadas pelo adeptos da nova medicina. Entre eles encontrava-se o francês Benoit Mure em cujo discurso a homeopatia aparece como uma revolução em termos do conhecimento que se tinha até então em medicina, porque vinha estabelecer a cura pela adoção do método dos semelhantes, que é o inverso do sistema difundido pela alopatia e que segundo Mure, permanecia intocado e estagnado há muito tempo.Vê-se bem, por aí, a compreensão da homeopatia como uma nova ciência que vinha para substituir a “medicina antiga, tradicional”, a alopatia. Ora, para Mure, a homeopatia não deve ser concebida como um sistema isolado nem das outras ciências, nem de uma prática econômica e política. Ela é parte do todo e representa e age sobre a complexidade dos organismos, isto é introduz a novidade de uma abordagem holística dos seres e do mundo.
Mure nasceu em Lyon, na França, em 1809, no sétimo mês de gestação e com um quarto de um dos pulmões. Em 1833, tísico, foi curado pelo conde Sébastien dês Guidi  que introduzira a homeopatia em Lyon, onde a praticou de 1830 a 1863.
A partir da recuperação da saúde, Mure voltou-se completamente para a propagação da nova medicina e movido por este intuito, com fins humanitários, despendeu toda a sua fortuna estimada em torno de 500.000 mil francos. Mure, ao que parece, vinha de uma família de comerciantes lioneses e pode contar com o suporte material necessário para a realização de estudos na área da medicina.
Em 1837, imbuído pelo desejo missionário de difundir a homeopatia dirigiu-se à Sicilia e à Malta. Em Palermo, fundou um dispensário que posteriormente foi convertido em Academia Real de Medicina Homeopática.
Quando retornou à França em 1839, fundou, em Paris, o dispensário da rue de la Harpe, onde, conforme informações de Sophie Liet, ele “recebia, com sues colaboradores, mais de mil doentes por semana.Este período da vida de Mure coincide com o seu ingresso no movimento fourierista. Ali havia encontrado um ambiente favorável para a discussão e divulgação de suas idéias porque os fourieristas abriram espaço em suas publicações para que Mure pudesse expor livremente os seus princípios. Nesse ambiente, na convivência com a elite operária que formava então uma das alas da dissidência do movimento  fourierista que em Mure despertara a idéia da realização, fora da França, de um projeto de colonização nos moldes propostos por Charles Fourier. Para lapidar esta idéia uniu-se a ouros membros da Union Harmonienne, entre eles Jamain e Derrion, e em 21 de janeiro de 1840 compuseram os estatutos da associação Union Industrielle. Em 21 de setembro, na residência do Cônsul brasileiro em Paris a associação assumia um aspecto oficial.
Em novembro de 1840, o Dr. Benoit Mure desembarcou no Rio de Janeiro, vindo no navio “Eole” que partira de Havre 44 dias antes. Ele tinha então 32 anos de idade, era um homem alto, de cor clara. Por trás dos óculos havia grande olhos azuis, seu rosto era redondo e emoldurado por uma barba ruiva. Mure viera acompanhado por uma mulher de origem francesa chamada  Anabelle  Cretiat, que ele dizia ser sua esposa, e de outra de nome Camille Lallement que apresentou como sendo sua sobrinha. Também acompanhava o casal uma criada não identificada. Em 22 de dezembro deixou a Corte rumo à Santa Catarina onde pretendia encontrar o local adequado para o estabelecimento do seu projeto de colônia industrial, inspirado no modelo falansteriano.
Mure, como médico homeopata formado em Montpellier, viera, portanto, com o fim não de difundir a homeopatia no Brasil mas de realizar um projeto de fundo social.
As conquistas de Mure causavam um certo despeito num compatriota e também fourierista, que no Recife exercia a profissão de engenheiro. Era Louis Léger Vauthier.
Em 14 de dezembro de 1841, chegavam ao Rio de Janeiro os primeiros 100 colonos com suas famílias e foram recebidos num clima de festa. Estes operários de origem lionesa, faziam parte da sociedade Union Imdustrielle,que Mure havia fundado antes de partir para o Brasil.
Desentendimentos entre Mure e um grupo de colonos, Mure abandonou, em meados de 1843, a colônia, dedicando-se a dar continuidade às atividades que iniciara em 1841.
 Em dezembro de 1843, fundou o Instituto Homeopático do Brasil, com o objetivo de propagar a homeopatia em favor dos pobres.
Logo na segunda reunião anual do Instituto, o Dr. João Vicente  Martins propôs a fundação de uma Academia de Medicina Homeopática e Cirurgia e um mês depois, em 6 de fevereiro de 1845, as aulas tiveram início. Na Escola, Mure ministrava as aulas de fisiologia, patogênese e doutrina homeopática.
Para difundir os progressos da homeopatia no Brasil, Mure e seus companheiros fundaram uma revista chamada A Sciência, que começou a circular em 1847.
No mesmo lugar do consultório funcionava, ainda, desde 1845, a Sociedade Hahnemanniana, que teve os seus estatutos modificados em 1837. Era uma sociedade científica que visava o “exame e o aperfeiçoamento teórico e prático da homeopatia”.
*
Em 13 de abril de 1848, Mure deixou o Brasil.
A contribuição do Dr. Mure para a definitiva implantação da homeopatia no Brasil é, portanto, inegável.







APÊNDICE II
A HOMEOPATIA NO BRASIL (II)
ANTES DO DR. MURE







“As primeiras informações que se tem sobre a Homeopatia no Brasil datam de 1811. O Prof. Dr. Antônio Ferreira França, que ministrava aulas na Faculdade de Medicina e Cirurgia da Bahia, tecia, por essa época, considerações descabidas e maliciosas sobre esta nova terapêutica, desestimulando os novos alunos a terem contato com o conhecimento homeopático.
Por volta de 1836, surgiram os primeiros fatos oficiais em relação à Homeopatia. Neste ano, a Academia Imperial de Medicina publicou artigos que tratavam sobre a doutrina homeopática falseando e deturpando as colocações feitas por Samuel Hahnemann, no Organon da Arte de Curar, editado em 1826. Frederico Emílio Jahr, cidadão suíço imigrado, neste mesmo tempo, defendeu tese em medicina, no Rio de Janeiro, sobre a proposta Terapêutica de Hahnemann. Esta tese, feita por um médico que não exerceu a Homeopatia, serviu, posteriormente, de base para o aprendizado do primeiro médico homeopata do Brasil, que foi o Dr. Duque-Estrada (Domingos de Azevedo Coutinho de Duque-Estrada).
Antes, porem, desta data, ainda no ano de 1810, José Bonifácio de Andrade e Silva (o Patriarca da Independência) conheceu a teoria homeopática através de contatos feitos, por cartas, com Samuel Hahnemann. José Bonifácio era um grande naturalista e desenvolvia a arte da mineralogia. Sendo Hahnemann, o maior químico da época, detinha grande conhecimento naquela época, o que aproximou os dois. Hahnemann, através de suas cartas a José Bonifácio, apresentou-lhe a Homeopatia, como fazia habitualmente a seus correspondentes, ansiando que esta ciência ganhasse o máximo de terreno possível no mundo”

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APÊNDICE III
A HOMEOPATIA NO BRASIL (III)
DEPOIS DO DR. MURE




*

“No dia 1º de julho de 1847, uma matéria publicada no Jornal do Comércio transcreveu as palavras de despedida do Dr. Mure que partiu, doente e aniquilado, de volta à França, após ter sido acusado de ter envenenado uma menina doente com doses de Ignata amara 5CH e uma dose de Argentum nitricum 5CH.
A Ciência Homeopática seguiu galgando espaço junto à sociedade e aos médicos da época, através da publicação de grandes curas e feitos homeopáticos, sempre documentados pelo Jornal do Comércio, e atravessou fronteiras regionais, através do argumento astuto e polemizador do Dr.  João Vicente Martins, que, viajando à Bahia, lá deixou fortemente semeada a doutrina de Hahnemanniana na mente culta do notável jornalista e cientista,
Dr. Alexandre José de Melo Moraes. Nesta viajem de divulgação ,João Vicente Martins  pretendia  estender-se até o norte do país, mas, problemas o retiveram na Bahia, por quase dois anos. Da cidade do Senhor do Bonfim, partiu para Pernambuco, onde conseguiu a adesão do Dr. Sabino Olegário Ludgelo Pinho e de Carlos Chidloe que foram os iniciadores da Homeopatia naquele Estado. A difusão pelo norte e nordeste ficou a encargo dos Drs. Alexandre de Moraes e Sabino Olegário Pinho. No extremo Sul, a Homeopatia ganhou forte adesão e muitos foram os grandes vultos que a disseminaram por todo o interior do Rio Grande do Sul, e Porto Alegre chegou a ser sede de uma Faculdade de Medicina Homeopática  criada por Ignatio Capistrano, em 1914.
Em São Paulo, a Homeopatia foi introduzida em Lorena pelo Dr.Joaquim José de Melo, antes de 1845, e sua difusão ocorreu através das missões homeopáticas (cruzadas promovidas pelo diplomados da Escola Homeopática do Brasil), por várias cidades do interior.
Os homeopatas de então, munidos de uma botica e imbuídos da solidariedade da consciência médica e dos conhecimentos recebidos, saiam a enfrentar as pestes que dizimavam as populações dos confins do Brasil. A Homeopatia ganhou força, em São Paulo, somente após 1890, e os grandes nomes deste Estado foram: Alberto Seabra, Antônio Murtinho de Souza Nobre, Affonso de Azevedo e Magalhães Castro.
Em 1878, Saturnino de Meirelles e outros reconstituíram o antigo Instituto Homeopático do Brasil que recebeu o nome de Instituto Hahnemanniano Fluminense, primeiramente, presidido pelo Dr. Duque-Estrada. Em 1880, por decreto do Governo Imperial, esta instituição passou a denominar-se Instituto Hahnemanniano do Brasil – IHB. O Instituto criou o Hospital Homeopático e, sob a lei Rivadávia, a Faculdade Hahnemanniana com ensino integral de medicina, sob a presidência do ilustre homeopata gaúcho, Dr. Licínio Cardoso, em 1912, a quem a homeopatia brasileira deve inúmeros feitos. Em 1918, o Instituto Hahnemanniano do Brasil foi autorizado a diplomar médicos e farmacêuticos homeopatas. Logo após, em 1921, a Faculdade Hahnemanniana foi equiparada às Faculdades Oficiais da República. Em 1924, o Conselho Superior de Ensino exigiu a mudança do nome de Faculdade Hahnemanniana para Escola de Medicina e Cirurgia do Instituto Hahnemanniano e, em 1932, o Conselho de Educação desferiu o golpe final no ensino homeopático, determinando que este fosse facultativo na referida Escola Universitária que contava na época, com aproximadamente 1000 alunos, o que veio a enfraquecer, definitivamente, o movimento homeopático desta faculdade que hoje faz parte da Universidade do Rio de Janeiro.
Após a I Guerra Mundial, as fundações ligadas às grandes corporações passaram, por interesse de mercado, a direcionar através da distribuição de verbas, os rumos da geração de conhecimentos e do emprego destes no desenvolvimento . Neste período , no qual a industrialização direcionou a evolução sócio-político-cultural, o espaço para o desenvolvimento das ciências individualizadoras foi muito restringido, e com isso, o período áureo da homeopatia entrou em decadência: primeiramente, nos Estados Unidos da América e, posteriormente, no Brasil.
A Ciência Homeopática que vinha, desde a metade do século passado (século XIX), ganhando força e se expandindo no cenário mundial, foi duramente abalada em sua evolução, por ter sido afastada das Universidades (pólos de irradiação do conhecimento e formadores da opinião social).
Em 30 de dezembro de 1975, o Prof. Antar Padilha Gonçalves propõe a exclusão da Homeopatia como disciplina optativa do currículo médico e a sua inclusão no curso de pós-graduação da Faculdade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Sob a lúcida e emocionada manifestação contrária do Prof. Dr. Camil Kuri, a patética proposta foi aprovada, o que resultou na perda completa de contato do estudante de medicina daquela faculdade, com a  teoria homeopática.
No final de década de 1970, a consciência sobre as questões relacionadas com os ecossistemas e com a valorização do ser, se estendeu para além dos homens de ciência e atingiu a população em geral, produzindo, com isto, um movimento holístico que atingiu a classe médica. Esta passou a buscar formas de entendimento do processo de doença que se distanciassem da compartimentalização apresentada pela visão do especialismo médico. Nesse cenário, a Homeopatia, no Brasil, recebeu novo impulso, a partir de São Paulo, que passou a ser o centro de difusão dos novos núcleos, para outros estados do país. Das discussões encabeçadas pelos dois grandes pólos
Homeopáticos, Rio de Janeiro e São Paulo, nasceu na data de 24 de novembro de 1979 a Associação Médica Homeopática Brasileira – AMHB que é a atual representante de todos os médicos homeopatas do país.
No ano de 1980, houve uma grande conquista da Homeopatia brasileira, que foi o reconhecimento pelo Conselho Federal de Medicina –CFM da Homeopatia como Especialidade Médica. Figura importante desta articulação coube ao Dr. Alberto Soares de Meirelles.
Em 1990, a AMHB passa a ser reconhecida oficialmente pela Associação Médica Brasileira- AMB e a fazer parte do Conselho de Especialidades Médicas da AMB. Desde então, a AMHB realiza anualmente prova para o Título de Especialista em Homeopatia em convênio com a AMB/CFM. Ela tem atuado ao discutir e buscar soluções para o ensino médico da Homeopatia, bem como para o atendimento da população carente de nosso país. Para isso, vem promovendo o incremento do espírito associativo dos médicos homeopatas e estimulando o seu desenvolvimento científico”.








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